Qual é a importância da fisioterapia no tratamento das dores crônicas?

22/06/2020   POR MIOTEC - CONECTANDO TECNOLOGIA AO MOVIMENTO HUMANO

As dores crônicas são problemas debilitantes e frequentes, no Brasil e no mundo: em território nacional, estima-se que mais de um terço da população sofra com elas. O tratamento dificilmente se restringe a uma única especialidade, tendo maiores taxas de sucesso com uma abordagem multidisciplinar. Nesse contexto, o fisioterapeuta ganha papel central no tratamento da dor crônica.

No artigo de hoje, explicaremos o papel da fisioterapia nesse tratamento e quais técnicas vêm ganhando espaço no mercado. Com essas informações, sua prática clínica estará alinhada com as mais recentes novidades e você poderá oferecer o melhor tratamento aos pacientes. Continue lendo para saber mais.

A fisiopatologia das dores crônicas

A dor crônica é tida como uma “definição guarda-chuva”, devido à grande abrangência de patologias que nela se encaixam. Embora haja diversos conceitos relacionados, consideramos dores crônicas aquelas que duram meses e anos. Desde enxaquecas até dores pélvicas e lombalgias se encaixam nessa definição.

Dada a grande variedade de doenças que causam dores crônicas, é de se esperar que não exista uma fisiopatologia única. No entanto, quando observamos as causas mais prevalentes, duas delas se destacam: as causas inflamatórias e as causas mecânicas.

Nas causas inflamatórias, há uma resposta prolongada do sistema imune a um agressor, como uma infecção ou uma neoplasia. Essa resposta inflamatória causa a dor, que frequentemente requer o controle da inflamação para cessar.

Nas causas mecânicas ocorre pressão anormal a um tecido do corpo, como ossos ou músculos. Nessas situações, o simples controle da dor não é suficiente: é preciso atuar na causa dessa pressão e corrigir o cerne do processo fisiopatológico para obter resultados mais satisfatórios.

Caso uma doença mecânica se prolongue, ela pode se agravar e se tornar inflamatória — daí a importância do controle das causas mecânicas, mesmo em outras enfermidades.

O papel da fisioterapia no tratamento

Embora dores inflamatórias geralmente requeiram farmacoterapia, as de origem mecânica frequentemente demandam correção fisioterápica. Esse é um tratamento contínuo, que envolve exercícios específicos e cientificamente estudados.

Na maioria dos casos, o objetivo do tratamento é o fortalecimento de um grupo muscular ou a adequação postural. Com isso, é possível contrabalancear as causas da dor e atuar diretamente na fonte da doença. Uma vez cessada a pressão anormal sobre ossos e tecidos moles, o desconforto tende a reduzir e ser controlado.

Tome como exemplo a dor pélvica crônica: em grande parte dos casos, ela ocorre devido a um enfraquecimento dos músculos do períneo, levando a um desabamento das estruturas da pelve. Com o fortalecimento desse grupo muscular, essas estruturas são mantidas em sua posição anatômica e a origem da dor é controlada.

As tendências da fisioterapia no tratamento da dor crônica

Felizmente, a fisioterapia anda de mãos dadas com a tecnologia no tratamento das dores crônicas. No campo, as inovações surgem dia após dia, aumentando as taxas de sucesso e facilitando o trabalho do fisioterapeuta.

É o caso, por exemplo, do biofeedback, que busca ampliar a propriocepção do paciente quanto a músculos pouco visualizados. Voltemos ao exemplo da dor pélvica crônica: como a musculatura do períneo é dificilmente percebida, seu treinamento pode ser mais trabalhoso que o usual. Com o biofeedback, o paciente ganha uma ferramenta que o permite isolar os movimentos musculares e aderir melhor ao tratamento.

Outra tecnologia muito incorporada na prática profissional é a eletromiogafia, que estuda o potencial de ação do sinal eletromuscular. Isso ajuda o fisioterapeuta a fazer um diagnóstico mais preciso do grupo muscular acometido, direcionando seu tratamento ao foco do problema. Assim, é possível fornecer uma terapia mais eficaz e curta, otimizando os resultados para o paciente.

As dores crônicas são problemas constantes na vida dos brasileiros. Embora seu tratamento exija uma abordagem multidisciplinar, a fisioterapia ganha papel central nesse processo. Para o auxílio dos profissionais envolvidos, novas tecnologias estão cada vez mais disponíveis no tratamento.

Outra vantagem da adoção de equipamentos mais tecnológicos na fisioterapia é a agregação de valor ao tratamento. Saiba mais sobre esse fenômeno e leve sua clínica a um novo patamar!





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