Por que a fisioterapia esportiva é tão importante?

09/09/2016   POR MIOTEC - CONECTANDO TECNOLOGIA AO MOVIMENTO HUMANO

Entenda como a Fisioterapia Esportiva pode oferecer inúmeros benefícios para os pacientes e como ela é uma ótima oportunidade para os profissionais

A fisioterapia esportiva é uma prática da medicina do esporte que identifica, trata e recupera as lesões causadas pelo exercício físico. Devido ao elevado número de indivíduos que praticam atividades físicas na atualidade, os benefícios que elas proporcionam e o ascendente mercado de trabalho, constitui-se como uma especialidade promissora.

Vale lembrar que a atuação profissional é voltada tanto para os atletas, quanto para as pessoas que praticam esportes regularmente. Se você quiser saber mais sobre o assunto, continue conosco e conheça todos os detalhes da fisioterapia esportiva!

1. O que é fisioterapia esportiva?

A fisioterapia esportiva é uma área da fisioterapia convencional focada na recuperação de atletas e de praticantes de exercícios físicos. O objetivo é prevenir e tratar as lesões causadas pelo desgaste excessivo das articulações e do tecido muscular.

Além disso, o intuito do fisioterapeuta é proporcionar o retorno do indivíduo ao esporte em curto prazo. Por meio do diagnóstico cinético funcional e dos exames pertinentes ao caso clínico do paciente, é possível instituir métodos fisioterapêuticos específicos e acompanhar a evolução do tratamento. 

Resumidamente, o fisioterapeuta desportista:

  • prepara os atletas para competições;
  • previne lesões e dores em pessoas que praticam atividades físicas;
  • recupera as contusões ocasionadas pelo esporte.

2. Como funciona a fisioterapia focada no esporte?

Antes de tudo, essa é uma técnica que busca prevenir e recuperar os acidentes ligados à prática de esportes, além de potencializar a resistência muscular e a força de um indivíduo. Assim, é um procedimento indicado para todas as idades, pois busca sempre o melhor atendimento ao paciente, dando total atenção às lesões e à melhora do condicionamento físico.

Além disso, ela auxilia na prevenção do retorno das lesões e de outras contusões decorrentes delas, tais como:

  • luxações;
  • lesões em ligamentos;
  • tendinites;
  • entorse;
  • fraturas.

2.1 Tratamentos aplicados na recuperação do paciente

Como destacado no tópico anterior, o foco do tratamento da fisioterapia esportiva é a recuperação do paciente. Para atingir esse objetivo, o tratamento é realizado por meio dos seguintes recursos:

2.1.1 Terapia manual

A terapia manual é uma das formas de tratamento da fisioterapia mais conhecidas. O profissional não precisa de praticamente nada além das próprias mãos para oferecer os benefícios ao paciente.

Também é conhecida como Fisioterapia Manipulativa.

2.1.2 Treino funcional

Esse treino já é bastante conhecido, porém, não como uma das formas de tratamento dentro da Fisioterapia, mas como um tipo de atividade física.

O Treino Funcional pode ser utilizado no tratamento de diversas patologias musculares, esqueléticas e articulares, pois promove o fortalecimento muscular dentro dos movimentos realizados no dia a dia.

Esse tipo de tratamento tem vários objetivos. Ele promove equilíbrio, coordenação motora, agilidade, condicionamento físico, resistência e potência muscular, força e mobilidade. Tudo o que um atleta ou qualquer praticante de esportes precisa.

2.1.3 Eletroterapia

O homem usa correntes elétricas para o tratamento de diversas doenças há muitos anos. A forma de aplicação vai depender da necessidade do paciente.

A eletroterapia pode ajudar na cicatrização de feridas e na redução da dor, ou seja, ela atua na fase aguda do problema, mas pode também ajudar na fase crônica. Basta mudar a frequência da corrente, e é possível fazer o fortalecimento muscular.

2.1.4 Massoterapia

A Massoterapia, muitas vezes, é confundida com algo prazeroso e relaxante — não que ela não seja, mas não é utilizada apenas para isso.

Por meio dessa técnica, é possível reduzir contraturas musculares e pontos de tensão. Assim, o tratamento pode ser tanto preventivo como também utilizado para cuidar de lesões.

2.1.5 Eletromiografia

A eletromiografia não é necessariamente um tipo de tratamento, mas é de extrema importância para o fisioterapeuta. Esse exame é utilizado tanto para realizar o diagnóstico da gravidade da lesão como para o prognóstico. Ele serve para avaliar o grau de força muscular. Assim, é possível acompanhar a evolução do paciente durante a terapia.

A eletromiografia é muito utilizada também para a promoção de estudos e pesquisas. Portanto, você pode usar esse exame, por exemplo, para desenvolver um novo tipo de tratamento.

2.1.6 Biofeedback de EMG

O biofeedback de EMG é uma das formas utilizadas para indicar ao paciente e ao profissional a progressão do tratamento. Nesse caso, é oferecido pelo eletromiógrafo. 

São colocados eletrodos na superfície do músculo a ser trabalhado e, por meio de um gel condutor, a corrente chega à região. Os resultados da atividade muscular chegam por meio visual e auditivo, oferecendo, assim, o biofeedback.

2.1.7 Bandagens funcionais

As bandagens funcionais — também conhecidas como bandagens terapêuticas — são amplamente utilizadas por dois motivos: praticidade e eficiência.

Elas são indicadas para várias situações: instabilidade articular, tendinites, contraturas musculares e outros problemas próprios da Fisioterapia Esportiva, podendo ser usadas, inclusive, para prevenir lesões.

2.1.8 Estabilização segmentar

A estabilização segmentar é um grupo de exercícios que têm como principal objetivo reduzir a dor. Essa dor pode ser provocada por vários motivos, como fraqueza muscular, instabilidade articular e outros. Esses exercícios conseguem ativar músculos importantes, tanto os principais quanto os acessórios.

Vale destacar que os recursos empregados são definidos de acordo com o local e o tipo de lesão, assim como as necessidades do paciente, em razão da modalidade esportiva que ele pratica.

Ou seja, para que o tratamento seja bem-sucedido, ele é elaborado para atender às necessidades específicas de cada pessoa. Para isso, são analisadas as suas deficiências e também consideradas as suas demandas funcionais, trabalhando, assim, as regiões do corpo que são mais exigidas pelo esporte que ela pratica.

Desse modo, o fisioterapeuta precisa entender que cada esporte possui determinado impacto no corpo. Atividades como vôlei, futebol e basquete, por exemplo, costumam desencadear problemas nos ombros, quadril e tornozelo. Se não tratados, essas pequenas dores podem evoluir para lesões mais graves, como tendinopatias, bursites, artrites etc.

Portanto, cabe ao profissional avaliar a postura do atleta durante os exercícios físicos, bem como os seus sintomas clínicos: dores nas articulações, queimações, estalos nos ombros, pisada torta, viradas de pé constantes, formigamentos, entre outros.

Nesse momento, é muito importante fazer uma série de perguntas ao paciente a fim de descobrir os problemas que surgiram após o indivíduo iniciar a atividade física regular.

Mas, você pode se perguntar: essa investigação não é função de um ortopedista?

De modo geral, o trabalho do fisioterapeuta é bem parecido com o do médico responsável por tratar os problemas relacionados ao aparelho locomotor. No entanto, existe uma diferença crucial. O fisioterapeuta esportivo, diferentemente do médico, é especializado em atividade física.

Portanto, ele conhece exatamente quais são as necessidades exigidas em quadra e saberá traçar um plano de tratamento focado na recuperação das lesões. Lembre-se de que o objetivo do profissional é fazer com que o atleta volte à vida normal o mais rápido possível. 

Entretanto, o retorno às atividades deve acontecer de maneira gradual, com a retomada de treinos mais pesados pelo paciente apenas quando já estiver apto para realizá-los.

2.2 Atuação do fisioterapeuta esportista 

Além de realizar terapias manuais, funcionais e com a ajuda de aparelhos, o fisioterapeuta desportivo também pode atuar dentro de quadra. Um profissional que auxilia um time de futebol, por exemplo, deve trabalhar junto com o preparador físico e treinador do atleta.

Observando a atuação do paciente durante o esporte, fica mais fácil de traçar planos de correção postural e avaliar o tipo de pisada do atleta (e, se for o caso, recomendar um calçado mais adequado), entre outros. Nesses casos, o fisioterapeuta propõe mudanças tanto para corrigir lesões e dores já existentes, quanto para prevenir problemas futuros.

Vale destacar que quem trabalha em um clube grande (seja de futebol, vôlei, ginástica etc.) deve propor uma terapia focada no rendimento do atleta durante a temporada. Desse modo, além de evitar e tratar dores e lesões, é preciso certificar-se de que o jogador conseguirá cumprir o seu programa individual.

É possível fazer isso de diversas formas, como realizando desaquecimentos após um treino intenso, propondo exercícios para relaxar a musculatura etc.

3. Quais são os benefícios da fisioterapia esportiva?

A recuperação não é o único benefício da fisioterapia esportiva, por isso, vamos explicar alguns deles para você. Confira quais são!

3.1 Promoção de atividades físicas na atenção primária à saúde

O fisioterapeuta que atuar na medicina esportiva poderá sugerir atividades ou exercícios físicos para prevenir o aparecimento de doenças. Nesse contexto, deve trabalhar junto dos médicos, nutricionistas e farmacêuticos para indicar o melhor exercício físico de acordo com o perfil clínico do paciente — além de considerar as limitações físicas.

Também é importante que o fisioterapeuta esportivo estabeleça uma rotina para o acompanhamento dos indivíduos que já apresentam doenças crônicas e querem diminuir as complicações clínicas.

3.2 Prevenção e recuperação de lesões musculoesqueléticas nos indivíduos

O fisioterapeuta esportivo é responsável por realizar o diagnóstico clínico da lesão e propor exercícios para a sua recuperação funcional e o retorno à prática do esporte. Também identifica, por meio de exames específicos, as propriedades fisiológicas, biofísicas e biomecânicas do tecido musculoesquelético para analisar a gravidade da lesão e realizar as intervenções terapêuticas necessárias.

Um dos maiores desafios desse profissional é estabelecer a conduta clínica que não comprometa o desempenho físico já adquirido do atleta — e prever o retorno às atividades desportivas sem prejuízo clínico.

3.3 Pesquisa epidemiológica e fatores relacionados à assistência fisioterapêutica esportiva

Por fim, esse profissional também fará levantamentos dos principais problemas clínicos apresentados pelos pacientes, a fim de pesquisar suas causas e consequências, assim como verificar a efetividade do tratamento proposto.

Podem ser levantadas questões sobre as modalidades esportivas mais indicadas por pacientes e estudadas diferentes formas de inserção dos indivíduos com deficiência intelectual e portadores de necessidades especiais.

4. Como é o mercado de trabalho?

4.1 Área de atuação do profissional da fisioterapia esportiva

O especialista na área poderá trabalhar em todos os níveis de atenção à saúde. Atuando nos postos de saúde, garantirá uma saúde esportiva preventiva de doenças ou a realização de grupos operativos de pacientes com as mesmas limitações físicas.

Também pode atuar em clubes esportivos, academias ou em clínicas próprias. As principais atribuições desse profissional nesses ambientes é o preparo físico de jovens para as categorias de base das modalidades esportivas, a prevenção e a recuperação de lesões.

Nas clínicas próprias, podem fazer o diagnóstico clínico, estabelecer metas de exercícios e propor métodos para evitar novas lesões.

Após os jogos que aconteceram no Brasil (Olimpíadas, Copa do Mundo e Pan-Americano), as pessoas, de uma forma geral, começaram a ter mais interesse pelo esporte. Como consequência, o número de indivíduos lesionados também aumentou.

Nesses casos, o fisioterapeuta vai ajudar os pacientes a executarem os exercícios de forma correta, garantindo que o rendimento seja melhor. 

4.2 Papel do fisioterapeuta na performance do paciente

O objetivo do fisioterapeuta é devolver o paciente — o mais breve possível — à sua prática esportiva, mas, para atingi-lo, o avanço na reabilitação deve ser diariamente baseado na avaliação desse profissional.

Aliada a essa responsabilidade, o fisioterapeuta também exerce um papel decisivo ao ajudar o paciente a superar o medo de recomeçar as suas atividades esportivas. Dessa forma, o atleta consegue retomar a autoconfiança e retornar ao esporte com mais segurança e sem correr riscos de adquirir novas lesões.

Um fator que merece ser destacado nesse processo é o fato de a fisioterapia esportiva ter evoluído muito nos últimos anos, ganhando destaque com o grande número de atletas que têm se recuperado de forma cada vez mais rápida e eficiente, em virtude dos avanços da medicina nessa área.

5. Qual é a importância da fisioterapia no esporte?

Essa prática faz toda a diferença por devolver ao atleta lesionado o seu condicionamento físico, reforçando essa condição para uma performance esportiva com menos riscos de lesões no futuro.

Dito isso, o trabalho da fisioterapia esportiva se diferencia muito dos outros, pois os resultados devem ser mais rápidos e efetivos, para que o paciente retome as suas atividades e consiga voltar a exercer o seu trabalho de maneira impecável.

Como pudemos ver, o mercado de trabalho da fisioterapia aliada ao esporte é bastante promissor. Além de ter a oportunidade de atuar em clubes, academias etc., uma boa alternativa é focar os seus atendimentos nos atletas e esportistas amadores.

Com a sua importância — além de ser uma especialidade reconhecida desde 2007 pelo Conselho Federal de Fisioterapia —, a fisioterapia esportiva tem ganhado visibilidade e se consolida cada vez mais como uma profissão do futuro.

O cenário esportivo é favorecido pela divulgação das informações pertinentes a essa especialidade, além do aumento do número de adeptos ao esporte. Portanto, se você está pensando em abrir a sua própria clínica, considere oferecer serviços direcionados à área da fisioterapia esportiva.

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    Comentários (10)
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    • Marcos Nascimento
      Ola, tenho 50 anos....estou pensando seriamente em cursar Fisioterapia...gosto muito de esporte (corrida de rua) e acredito que haverá uma boa identificação. As dicas aqui apresentadas me deram um grande incentivo....Abs...
    • Marcos Nascimentp
      Ola, tenho 50 anos....estou pensando seriamente em cursar Fisioterapia...gosto muito de esporte (corrida de rua) e acredito que haverá uma boa identificação. As dicas aqui apresentadas me deram um grande incentivo....Abs...
    • Silvana
      Obrigada por abrilhantar .aos e mais mais conhecimentos.de Fisioterapia preventiva .
      • miotec
        set 23, 2016
        Obrigado pelo comentário Silvana!
    • Charalambe Demetre Stenos
      Sim, super interessante e bem apropriada.
      • miotec
        set 23, 2016
        Obrigado pelo comentário.
    • AMILTON BELMIRO NUNES
      SOU PROFESSORE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ATUEI COM PREPARADOR FÍSICO NASA CATEGORIAS DE BASE DO GRÊMIO FUTEBOL PORTO ALEGRENSE/RS ATÉ CHEGAR A EQUIPES PROFISSIONAIS COM: INTER/SM, JUVENTUDE CAXIAS DO SUL, GRÊMIO ESPORTIVO GLÓRIA DE VACARIA, PASSO FUNDO F C, BRASIL DE FARROUPILHA, TANTOS OUTROS, BEM COMO EM SANTA CATARINA: C A MARCÍLIO DIAS, METROPOLITANO, BLUMENAU E C, BRUSQUE F C, FRAIBURGO, UNIÃO DE TIMBÓ, JOAÇABA,TANTOS OUTROS. HOJE FORMADO EM FISIOTERAPIA DESEJO DAR CONTINUIDADE COM MAIS CONHECIMENTO, FICO ESPERANÇOSO EM PODER DAR CONTINUIDADE EM PROJETOS DESSA NATUREZA .
      • miotec
        set 23, 2016
        Que bom Prof Amilton! Brilhante carreira na área! Obrigado.
    • glydstone
      muito bom o artigo acima, pois ajuda aos fisioterapeutas a ter conhecimento de novas áreas de atuação,
      • miotec
        set 23, 2016
        Que bom que tenha gostado! Obrigado!
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