Vamos conhecer um pouco mais sobre Eletromiografia e Biofeedback e quais as possibilidades que elas permitem nas disfunções do Assoalho Pélvico?
A Eletromiografia é uma da técnicas mais consagradas na fisioterapia, considerada um recurso altamente avaliativo onde ele vai fazer fazer a captação do sinal elétrico do músculo do paciente. A importância deste recurso é verificar o processo da fisiologia do paciente e se ele vai ter eficácia neuromuscular frente ao exercício proposto.
Em uma rotina clínica devemos ter metas e objetivos claros para usarmos a eletromiografia, através dela é possível dados como:
- Amplitude do assoalho pélvico
- Tempo de contração
- Ativação imediata da contração
- Relaxamento e processo de repolarização
Esses são dados importantes para entender como está acontecendo o treinamento do paciente, além de avaliar a frequência do sinal e verificar qual o predomínio de fibra durante a contração. Essa informação não é possível obter através de uma reeducação manual ou treinamento puro, com ela é possível saber se o treinamento será fásico ou tônico para tratar de forma mais adequada cada fibra e alcançar os resultados desejados para o tratamento.
Após toda essa verificação a prescrição do tratamento correto é através do Biofeedback, onde vamos trabalhar a consciência muscular do paciente e verificar corretamente o andamento do tratamento. É importante educar a paciente, mostrando como funciona o sinal de uma contração, para que após a criação de protocolos de treinamento ele possa interagir através de sinais visuais ou sonoros. Isso fará com que a paciente ganhe consciência sobre a sua musculatura, ganhando amplitude e melhorando a contração.
Esse processo permite que o tratamento seja mais adequado permitindo que funcione de forma eficaz, com uma análise qualitativa e quantitativa. Essas técnicas são muito utilizadas para o tratamento de diversas disfunções do assoalho pélvico, como incontinência urinária, dor pélvica crônica, disfunções em crianças, gestantes ou pós cirurgia, permitindo o uso de sondas intracavitárias e também coletar os sinais através de eletrodos de superfície, para pacientes em que não se recomenda esse tipo de abordagem mais invasiva.