Não são raros os pacientes que se entendiam durante uma sessão de terapia tradicional. Para acabar com esse problema, surgiu, no Canadá, a gameterapia.
Se você nunca ouviu falar sobre o assunto, saiba que trata-se da utilização de jogos durante o tratamento. Com eles, o paciente é transportado para uma realidade virtual, onde o objetivo é realizar determinada ação contraindo certos agrupamentos musculares.
Com a gameterapia, as sessões tornam-se mais dinâmicas e divertidas, o que faz com que os pacientes tenham um maior empenho para realizar os exercícios. Quer saber mais detalhes sobre o assunto? Então, continue conosco e confira como tornar as suas sessões de biodeedback mais divertidas e prazerosas — para profissional e paciente!
Mas, afinal, o que é gameterapia?
O conceito de gameterapia surgiu no Canadá por volta de 2006. Trata-se da utilização de videogames, com sensores de movimentos, em sessões fisioterapêuticas, ortopédicas e neurológicas. Atualmente, a novidade é utilizada por profissionais de saúde em vários países, incluindo o Brasil.
Mas, como funcionam as sessões? Bom, geralmente o paciente — ou, nesse caso, o jogador — é acomodado diante de sensores de movimentos que controlam suas ações. As movimentações feitas por ele são refletidas na tela, fazendo com que todo o processo seja controlado e supervisionado pelo profissional da saúde responsável pelo tratamento.
A gameterapia possui inúmeros benefícios, sendo que o principal deles é tornar a reabilitação mais dinâmica e prazerosa. Além disso, é provável que um paciente em uma sessão tradicional de fisioterapia, por exemplo, sinta dores ou desconfortos durante a execução dos exercícios.
Nesse sentido, o videogame funciona como uma distração para a pessoa. Como consequência, as sessões tendem a ser mais leves, divertidas e prazerosas para ela e para o médico.
Como ela pode ajudar as sessões de biofeedback?
Um tratamento com biofeedback utiliza equipamentos capazes de quantificar, identificar e analisar os níveis de contração muscular de um paciente. Geralmente, uma sessão tradicional usa eletrodos superficiais ou intracavitários (sondas) para monitorar a atividade dos músculos do indivíduo.
Com a gameterapia, as sessões serão feitas com um videogame. Como? Por meio de equipamentos especiais, o paciente precisará realizar determinadas ações de um jogo utilizando um agrupamento muscular.
Por exemplo, imagine uma pessoa que está tratando problemas de incontinência urinária. Jogando uma partida de tênis virtual, ela precisará movimentar a bola a partir da contração de certos músculos do assoalho pélvico. Dessa forma, o foco do tratamento passa a ser jogo, tornando as sessões mais lúdicas e divertidas.
Qualquer pessoa pode participar de sessões de gameterapia?
Sim, qualquer pessoa — crianças, adultos e idosos — podem participar das sessões de gameterapia. No entanto, é o terapeuta quem vai estabelecer o período em que os jogos entrarão no tratamento.
Geralmente, a chamada “reabilitação virtual” começa quando o profissional da saúde percebe que o paciente está tendo um bom desempenho nas sessões de biofeedback. Desse modo, ele pode aumentar o grau de dificuldade propondo exercícios com jogos.
Nessa fase, o indivíduo passa a utilizar um agrupamento muscular para executar as ações em uma tela virtual. Ao final do game, os equipamentos fornecem gráficos para que o profissional possa analisar o andamento e a eficácia do tratamento.
São exemplos de jogos:
BioFarm
O jogo se passa em uma fazenda, onde o paciente precisa interagir com o ambiente por meio da sua contração muscular. Mas como saber que ele está utilizando o músculo correto?
Por meio de dispositivos que capturam a intensidade da contração — como o BioMovi — é possível fazer com que a pessoa consiga jogar somente se ela estiver utilizando a musculatura correta!
Além disso, o BioMovi utiliza o Mioglass, um óculos de realidade virtual (com visão 3D) que é capaz de transportar o paciente ao cenário do jogo. Isso torna as sessões ainda mais divertidas, dinâmicas e prazerosas para quem está fazendo o tratamento.
Geralmente, nessa fase, o paciente realiza as contrações de forma automática.
BioSpace VR
No BioSpace VR o paciente fica no meio de uma tempestade de asteroides. Para se livrar deles, ele precisa destruí-los com tiros de canhão. Como o jogador fará isso? Realizando as contrações musculares propostas pelo profissional da saúde!
Quais são os benefícios da gameterapia?
Infelizmente, são muitas as pessoas que se entendiam durante uma sessão de biofeedback tradicional. Isso faz com que elas se sintam desmotivadas a realizar os exercícios propostos de forma eficaz.
Portanto, um dos benefícios mais evidentes da gameterapia é a sua capacidade de tornar as sessões divertidas, o que faz com que a pessoa tenha maior motivação para executar os movimentos de forma correta. Afinal, os jogos têm fases e pontuações.
Com o tempo, a tendência é que o paciente aprenda a controlar o corpo de forma automaticamente — mesmo que ele não saiba como consegue fazer isso.
Além disso, é possível observar os seguintes benefícios:
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aumento do controle e da força muscular;
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melhora na capacidade de concentração;
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aumento da autoestima;
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alívio do estresse, entre outros.
Em todo o mundo, os resultados da gameterapia têm sido muito satisfatórios. No Canadá, por exemplo, há mais de 20 jogos desenvolvidos especialmente para a fisioterapia.
Já nos Estados Unidos os pesquisadores do Medical College of Georgia têm conseguido bons resultados no tratamento do mal de Parkinson. Além disso, os mesmos médicos afirmam que os jogos são extremamente eficazes no combate a depressão.
No Brasil, a novidade tem sido utilizada como complemento em tratamentos por diversos médicos e clínicas. Atualmente, há empresas sérias — como a Miotec — que desenvolvem biogames capazes de unir o bioofedback e a utilização de jogos.
Como pudemos ver, a gameterapia é uma alternativa que tem se mostrado altamente eficaz na recuperação de crianças, adultos e idosos de todos os sexos. Se utilizada sob supervisão e dentro de um programa de tratamento, a tecnologia é capaz de elevar a qualidade de vida dos pacientes, além de aprimorar as respostas aos tratamentos.
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