COVID: A terceira onda, novas variantes e o papel do fisioterapeuta na pandemia. O que podemos fazer?

COVID: A terceira onda, novas variantes e o papel do fisioterapeuta na pandemia. O que podemos fazer?

08/06/2021   POR MIOTEC - CONECTANDO TECNOLOGIA AO MOVIMENTO HUMANO

Mesmo diante das dificuldades e uma possível terceira onda, o importante é buscar alternativas para lidar com as adversidades

Estamos finalizando o primeiro semestre e muito tem-se falado sobre uma possível “terceira onda” de propagação da Covid-19 no Brasil e no mundo. Após vivermos momentos de pico intenso nos contágios, a preocupação com uma nova explosão de casos cresce cotidianamente em função dos alertas emitidos por especialistas em diversos países.

Um dos principais fatores que aumentam essa preocupação é a propagação das “variantes”, ou seja, novas linhagens do coronavirus, mais resistentes e contagiosas – como a cepa indiana, a britânica, a brasileira (de Manaus) e, mais recentemente, uma variante vinda do Vietnã.

Como fator complementar, nos próximos dias o Brasil deve também sediar a Copa América de Futebol, recebendo atletas e delegações de todo o continente em várias capitais. Diante destes alertas, muitos ficam sem ter uma exata noção do que é possível fazer, e do que é possível buscar realizar como profissional num cenário tão incerto.

A terceira onda da COVID já começou?

Pelas informações disponibilizadas pelos órgãos de saúde no Brasil e no mundo, ainda não há registros evidentes de que o Brasil já esteja vivendo a chamada “terceira onda”, já que a expressão depende, inclusive, de evidências claras, e da interpretação e concordância dos especialistas sobre o tema.

Segundo esta notícia da CNN por exemplo, “embora tenha ocorrido um recuo importante no número de mortes diárias desde abril (quando passou de 4 mil), a estabilidade permanece em um patamar muito alto (por volta dos 2 mil), o que leva alguns estudiosos da pandemia a afirmar que o país ainda nem saiu da segunda onda”.

Ainda assim, há muitas regiões e municípios cujos números sugerem estar à frente de uma “quarta onda”. Segundo alguns especialistas, o segundo pico teria ocorrido no fim do ano passado, após as eleições, e a terceira onda já teria sido vivida nos primeiros meses deste ano, com a chegada das novas variantes.

Independentemente de qual a onda, o mais importante é manter o foco e encontrar alternativas que possam permitir contornar, da melhor maneira possível, os impactos que a pandemia possui nas vidas pessoais e profissionais.

O que o fazer?

Para os profissionais de fisioterapia, a pandemia tem impacto não apenas nos ganhos diretos, pelo cancelamento de consultas, mas também interrompe os tratamentos e têm consequência direta na recuperação dos pacientes.

As exigências desta nova fase, que incluem o distanciamento, novas formas de interagir e o cuidado máximo com a prevenção ao contágio, obrigam o profissional a estar ainda mais atento e preparado. Abaixo, reunimos algumas dicas e atitudes que podem contribuir para o trabalho e para lidar com as dificuldades deste momento. Veja elas:

Mantenha-se atualizado

Um dos principais pontos durante a pandemia, e que vale também para os momentos sem turbulência, é manter os conhecimentos em dia, ou seja, buscar investir desde já naquilo que é possível melhorar em termos de formação e preparo.

No início deste ano, fizemos um post com os principais eventos do ano, e vale também sempre estar atento às ofertas de cursos de especialização, pós-graduação e atualizações, já que mitos deles têm aberto versões online e oferecido descontos significativos.

 

Entenda como a pandemia afeta a sua região

Mesmo sendo um fenômeno global, a pandemia afeta de maneira diferente cada região do país, cada cidade, e cada bairro de uma maneira muito específica. Após as fases de alta restrição, lockdowns, e redução de pacientes para muitos profissionais, em muitos lugares os atendimentos presenciais continuam a ocorrer, mas exigem protocolos rígidos de segurança.

Muitos, por sua vez, conseguiram manter o monitoramento de seus pacientes à distância, usando o celular ou outras formas de contato, através do teleatendimento . O importante é observar como estão as perspectivas de melhora no cenário e como os atendimentos fisioterápicos podem ser mantidos e acompanhados com segurança para profissionais e pacientes.

 

Considere os impactos pessoais

Sim, o lado pessoal conta, e muito. Todos perdemos algo neste período – seja investimentos, férias, bens materiais ou, no pior dos casos, perdas irreparáveis de amigos, familiares e entes queridos. Não apenas você, fisioterapeuta, mas também seus pacientes vivem a mesma questão.

E com todas as mudanças de rotina, os imprevistos de todas as naturezas vão ocorrer, como cancelamentos, atrasos em pagamentos, e ajustes de última hora.

Em muitos casos, é preciso ter tranquilidade e lembrar-se que estes são tempos atípicos, e medidas atípicas também são previstas, desde que orientadas para o bem-estar dos profissionais, pacientes e da sociedade como um todo. E não podemos nos esquecer que, assim como todas as crises, esta também vai passar.

 

Auxilie da melhor maneira possível

Avalie se você pode auxiliar de alguma maneira a reduzir o impacto da Covid-19 na sua região. Muitas vezes o melhor auxílio que podemos dar é apenas seguir as instruções dos órgãos governamentais e Conselhos Profissionais mas, dependendo da região, o trabalho do fisioterapeuta pode ser oferecido e bem aproveitado nesta fase.

O fisioterapeuta pode auxiliar tanto no atendimento direto a pacientes em recuperação dos sintomas da Covid, como ainda em outras frentes, indiretamente, como na orientação das comunidades, compartilhando informações de saúde, etc. No fim das contas, este benefício pode retornar ainda como reconhecimento do valor e fortalece a presença do profissional, no longo prazo.

 

Faça investimentos inteligentes

Os próximos meses ainda devem reservar algumas surpresas mas, em todos os cenários, uma verdade se mantém: é preciso fazer escolhas inteligentes. Profissionalmente, isso significa que, na hora de cuidar das contas, é preciso saber diferenciar entre gastos e investimento.

Um exemplo clássico está nos equipamentos, e no retorno financeiro que proporcionam.

Todos têm um custo associado, sendo preciso diferenciar cada um. Há aqueles que são ferramentas essenciais de trabalho e, portanto, indispensáveis. Outros não precisam ser trocados agora, e podem ser substituídos em um momento futuro.

Existem, também, aqueles que não trazem benefícios diretos e, por fim, aqueles que representam uma possibilidade de crescimento e ganhos maiores, senão imediatos, num futuro próximo. Estes são os investimentos, aqueles em que cada real gasto acabará, eventualmente, retornando para o profissional.

Ao mesmo tempo em que é preciso segurar um pouco a saída de caixa, o momento é essencial para avaliar quais despesas possuem algum retorno envolvido, e preparar-se para eles pois, quando o cenário de pandemia melhorar, os profissionais mais preparados são os que retomam mais rapidamente as atividades a pleno vapor.

E você, como está se saindo? O que tem feito? Conte nos comentários os impactos profissionais e as alternativas que têm lançado mão para passar por este momento e auxiliar a sociedade. Juntos, vamos passar por esta crise e em breve estaremos todos ainda mais conectados!





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