Preparação do Paciente para os diferentes tipos de Eletrodos

Preparação do Paciente para os diferentes tipos de Eletrodos

28/04/2021   POR MIOTEC - CONECTANDO TECNOLOGIA AO MOVIMENTO HUMANO

Veja como fazer uma correta preparação do paciente a fim de garantir a qualidade dos exames de eletromiografia

Por Fabiano Ergoni, Diretor-Executivo da Miotec

Chegamos em uma fase essencial do processo: afinal, como preparar o paciente para receber corretamente os eletrodos? O que fazer? Como assegurar a qualidade dos exames e a correta instalação de cada um?

É o que você verá a seguir. Vamos lá!

Preparação do paciente para Eletrodos Intracavitários

Para assegurar que a qualidade do exame de EMG não seja prejudicada, um ponto de extrema relevância é a importância do contato da pele do paciente com a sonda intracavitária para obtenção de bons registros, iniciada por uma excelente preparação do paciente.

Partindo-se do princípio que cada paciente possui uma anatomia distinta, é necessário fazer uma seleção individualizada do formato da sonda a ser utilizado. Para tanto, recomenda-se, antes de iniciar as avaliações, garantir que exista um bom contato da superfície metálica que está na sonda com a parede interna da vagina ou do ânus. Caso isso não aconteça, o sinal não será captado, ou será confundido com artefatos mecânicos, causados pela movimentação dos cabos ou interferência do ambiente, o que irá prejudicar o exame.

Para selecionar o formato de sonda correto, recomenda-se fazer o teste Bidigital prévio, garantindo mais assertividade ao executar os procedimentos avaliativos.

Depois de utilizadas, as sondas devem ser higienizadas passando uma gaze molhada com detergente enzimático e água. E atenção: não é permitida a imersão da mesma em líquido. Dessa forma, é possível reutilizar a sonda junto ao mesmo paciente durante as sessões de tratamento. Após a finalização do tratamento, a mesma deve ser descartada em lixo hospitalar.

Para melhorar a captação do sinal de Eletromiografia pode-se fazer uso de uma pequena quantidade de gel condutor na ponta da sonda, o que facilita a introdução no paciente e auxilia na condução do sinal.

Preparação do Paciente para Eletrodos de Superfície

Profissionais da saúde devem estar sempre atentos em relação à correta preparação do paciente utilizando eletrodos de superfície pois, assim como ocorre com as sondas intracavitárias, é a correta preparação que vai garantir a qualidade dos exames de EMG.

No caso dos eletrodos, a pele deve ser preparada antes da realização da Eletromiografia. A presença dos chamados artefatos (ruídos de quando o paciente se mexe ou algo que altere as ondas do EMG) e a oscilação da linha de base do EMG, na maioria das vezes, se devem a uma aplicação inadequada dos eletrodos. Ou seja, se a pele não foi bem preparada, e se os eletrodos não estão limpos e seguramente fixos, não será possível obter um traçado de valor significativo.

A gordura da pele é responsável por prejudicar o contato do eletrodo.

Pode-se obter excelente contato do eletrodo removendo-se este óleo cutâneo, utilizando um solvente de gorduras, como, por exemplo, acetona ou éter, e depois esfregando a pele com gaze cirúrgica ou uma esponja áspera, até obter uma condição de pele hiperemiada (vermelha).

Tal procedimento tem como objetivo a remoção da camada córnea da pele, que funciona como um isolante elétrico. Para se obter uma melhora adicional do contato, a área onde os eletrodos serão aplicados pode ser previamente barbeada ou depilada, inclusive em mulheres, para evitar a presença de pelos.

Como referência, os cuidados com a colocação e fixação dos eletrodos do EMG devem ser os mesmos dos eletrodos de Holter.

Nota importante: o álcool de graduação acima de 90% pode ser utilizado para a limpeza da pele. Já o álcool com graduação por volta de 40% não é recomendado pois, apesar de ser desinfetante, não é altamente desengordurante, o que prejudica o exame de eletromiografia. O álcool gel também não deve ser utilizado, pois grande parte dos fabricantes deste produto utiliza hidratantes para a pele em sua composição, que acaba funcionando como um isolante.





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