O câncer de próstata é o segundo tipo de tumor mais comum em homens no Brasil, logo atrás do câncer de pele não-melanoma. De acordo com estimativa do Inca (Instituto Nacional do Câncer), são esperados 68,5 mil casos da doença para o ano de 2022.
Além da alta frequência de ocorrência desta doença, o que muitos não sabem é que a fisioterapia pélvica possui um papel importante no tratamento dela. Para contribuir com o debate, o blog da Miotec conversou com a fisioterapeuta especialista na área de oncologia e doutora em Ciências da Saúde, Karoline Camargo Bragante.
A enfermidade ocupa a segunda colocação entre as causas de morte do gênero masculino por neoplasias em nosso país. Números extraídos do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, divulgados pela Agência Brasil, apontam que 47 mil óbitos foram registrados pela causa, de 2019 a 2021.
Em função disto, em 2011 o Instituto Lado a Lado pela Vida criou a campanha Novembro Azul, especialmente para ajudar a trazer atenção para o assunto e estimular o diagnóstico precoce do câncer de próstata, buscando reverter este cenário.
Para o Blog Miotec, Karoline falou sobre a contribuição que a fisioterapia pélvica pode dar ao bem-estar dos pacientes. Quer saber um pouco mais sobre o assunto? Então leia o texto até o fim e entenda melhor sobre os tratamentos e muito mais!
A fisioterapia pélvica no tratamento do câncer de próstata
É muito comum as pessoas associarem o trabalho do fisioterapeuta pélvico com a necessidade da intervenção cirúrgica nos casos de câncer de próstata. Contudo, você sabia que o processo de radioterapia também pode gerar consequências ao assoalho pélvico?
É isso mesmo: ao contrário do que muitos pensam, a fisioterapia não é uma ferramenta apenas para situações pós-cirúrgicas. “Pacientes que vão para a radioterapia como tratamento curativo podem também ter disfunções urinárias e sexuais, desenvolvendo, principalmente, disfunções anorretais, que são tratadas com fisioterapia pélvica”, afirma Karoline.
Isso acontece porque a radiação pode gerar mudanças em algumas estruturas dos nervos que vão para bexiga e esfíncteres ou até mesmo diretamente nos órgãos. Além disso, pode também levar a casos de cistite
A importância da fisioterapia no pré e pós-operatório do câncer de próstata
O câncer de próstata é um problema silencioso e não costuma apresentar sintomas quando está começando a se desenvolver. Alguns pacientes se veem obrigados a retirarem a glândula por conta dessa característica, pois a descoberta da doença se dá em estado avançado.
Após o procedimento, há algumas consequências que demandam a intervenção de um profissional de fisioterapia, entre elas a impotência e as incontinências urinária e fecal. Bragante afirma que as principais guidelines internacionais afirmam que trabalhar o assoalho pélvico gera uma aceleração ao retorno da continência, caracterizando-se como a primeira linha no tratamento conservador.
Além disso, se você acha que a avaliação e exercícios servem apenas para depois da cirurgia, engana-se! O pré-operatório detecta alterações já inerentes aos pacientes, não causadas pela cirurgia.
“Um dos benefícios da fisioterapia pré-operatória é iniciar precocemente o treinamento da musculatura do assoalho pélvico (TMAP), logo após a retirada da sonda vesical de demora visando acelerar o retorno da continência”, afirma a doutora.
Bons equipamentos auxiliam bons resultados
A partir do momento em que se descobre o câncer de próstata, o sentimento de incerteza se instala. São vários os processos de aceitação. Primeiro, o paciente tem que conviver com a notícia e as complicações que vem em seguida, da família, pelo medo das consequências e muito mais.
Durante todo esse momento, é necessário oferecer não somente bons resultados, mas também acolhimento e empatia. A Miotec é expert nisso, e quem afirma é a própria doutora Karoline.
“Minha avaliação é que os produtos da Miotec são excelentes para tratar esses pacientes”, conta. “Utilizo os aparelhos na avaliação e reabilitação dos meus pacientes pós prostatectomia radical há mais de 10 anos”, continua.
Entre os itens usados está o New Miotool, o eletromiógrafo da Miotec que, tanto em sua versão de 4 quanto de 8 canais, oferece não só a eletromiografia verdadeira como também o biofeedback eletromiográfico. Esta funcionalidade, segundo ela, não tem contra indicações, por não emitir correntes, e fornece uma medida objetiva de avaliação.
Há, ainda, o Mioflux, o urofluxômetro da Miotec, desenhado para medir o fluxo urinário dos pacientes, e que permite um diagnóstico fácil e direto em apenas três passos.
Sondas intracavitárias
O processo fisioterápico pode envolver ainda o uso de sondas intracavitárias, ou seja, sondas destinadas ao uso nas cavidades anal e vaginal dos pacientes. No caso do câncer de próstata não é diferente.
Cada paciente possui uma anatomia própria, e para lidar com a diversidade de anatomias a Miotec possui uma variedade de modelos de sondas, sempre crescendo em opções de modelos para cada situação.
Em função disso, e para proporcionar a chance de trabalhar com todas as possibilidades de tratamento, a Miotec lançou o Kit Seleção de Sondas Miotec, composto por 3 equipamentos já consagrados. Entre elas está a PelviLine Lite, um equipamento para região anal, ideal para reabilitação de pacientes pós-cirurgia. Há ainda duas novidades, voltadas também à adequação às diferentes anatomias dos pacientes.
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