eletromiografia de superfície em UTI

Eletromiografia de superfície: nova forma de avaliação de pacientes em UTI

02/03/2018   POR MIOTEC - CONECTANDO TECNOLOGIA AO MOVIMENTO HUMANO

tecnologia vem contribuindo para a medicina e impactando em todos os âmbitos possíveis: desde a qualidade de vida do paciente, até em métodos de tratamentos mais ágeis e eficazes, melhorando, salvando e prolongando vidas. 

Quando o assunto é músculos, vemos cada vez mais uma variedade de novas metodologias que auxiliam os profissionais a identificar patologias, diagnosticar e reabilitar os movimentos do corpo. Aqui, falaremos do eletromiógrafo de superfície, que é uma nova forma de avaliação de pacientes em UTI.

Para isso, convidamos o Helson Costa, fisioterapeuta Rotina da UTI adulto do Hospital Icaraí, que fica em Niterói (RJ). Ele é pós-graduado em Fisioterapia Neurofuncional e, atualmente, mestrando em Ciências Médicas pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Portanto, ninguém melhor do que ele para nos ajudar a entender como o eletromiógrafo de superfície é um método inovador e está impactando a vida dos pacientes. 

Mas antes, vamos entender um pouco melhor esse método:

O que é eletromiografia de superfície?

A Eletromiografia de superfície (EMGs) pode ser compreendida como a tecnologia de avaliação ou monitoramento do comportamento neuromuscular. A partir da captação dos potenciais elétricos que os músculos emitem durante uma atividade, a EMGs é capaz de informar sobre diversas variáveis inerentes à função desse sistema em relação ao tempo.

filtros no exame de Eletromiografia

sinal de eletromiografia - EMG

Há muito tempo utilizada em estudos fisiológicos e biomecânicos nas diversas áreas das ciências de movimento, a tecnologia permite o aprimoramento das práticas clínicas e de pesquisa dos profissionais de saúde. Fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos, odontólogosprofissionais esportivos são os que mais utilizam a técnica. Sendo assim, o principal objetivo é inferir um diagnóstico que seja claro quando o tema é contrações musculares.

Os estudos científicos mostram a necessidade, cada vez maior, de se obter métodos e recursos de avaliação física apurados e que informem, quantitativamente, as manifestações diversas do organismo: “O racional aqui está no fato de que, quanto melhor e mais apurado for o sistema de avaliação, melhores serão as estratégias terapêuticas”, diz Helson.

No caso do sistema muscular, seja ele esquelético, seja respiratório, as informações fornecidas auxiliam os profissionais de saúde na compreensão das disfunções que por ventura os pacientes apresentem em consequência das patologias; bem como ajudam na tomada de decisão terapêutica, essenciais à reabilitação ou aprimoramento de habilidades mecânicas e funcionais.

Qual é o papel do fisioterapeuta?

Atualmente, a EMGs faz parte de uma série de aparatos e metodologias de avaliações funcionais musculares. Na terapia intensiva, ela serve tanto para finalidades diagnósticas funcionais quanto instrumentos de tratamento. 

Sobre o papel do fisioterapeuta no processo, Helson comenta: “o fisioterapeuta intensivista, no exercício de suas atribuições, é o responsável pela avaliação, monitoramento e intervenção (preventiva ou terapêutica) do sistema muscular respiratório e esquelético. Após a descoberta da síndrome de restrição prolongada e fraqueza adquirida na internação em UTIs, a avaliação muscular e sua terapêutica passaram a ser o centro das atenções dos profissionais de reabilitação”.  

Assim, com a tecnologia da EMGs, essa monitorização passou a ser efetivamente interessante, pois permitiu ao fisioterapeuta entender mais profundamente a fisiologia dos sistemas musculares. Dessa forma, as estratégias de tratamento dos pacientes se tornaram mais eficazes e com desfechos clínicos mais interessantes. 

Com relação à abordagem respiratória, a EMGs “tem auxiliado muito os profissionais no reconhecimento de esforços excessivos ou assincronias respiratórias. Tem auxiliado também nos processos de reabilitação através do sistema de biofeedback, permitindo a reaprendizagem motora ou a readaptação muscular respiratória. O mesmo tem sido observado no sistema muscular esquelético periférico”, diz o fisioterapeuta.  

O profissional ainda explica que “situações inerentes à internação levam os pacientes a perderem, muitas vezes, suas habilidades motoras, comprometendo sua qualidade de vida. Nesse sentido, o sistema de biofeedback com EMGs promove condições à reabilitação de conexões neuromusculares cerebrais e periféricas, que facilitam a restauração dessas habilidades com preservação das condições mecânicas mais favoráveis”.

Fisioterapeuta Helson Costa proferindo palestra "Novas formas de avaliação em UTI: a eletromiografia de superfície" no V Congresso Carioca de Fisioterapia Respiratória, Cardiovascular e em Terapia Intensiva.

Fisioterapeuta Helson Costa proferindo palestra "Novas formas de avaliação em UTI: a eletromiografia de superfície" no V Congresso Carioca de Fisioterapia Respiratória, Cardiovascular e em Terapia Intensiva.

Benefícios em utilizar o Eletromiógrafo de Superfície

Saber, de forma efetiva e consistente, o quanto um grupo muscular pode ser estimulado, a magnitude do seu esforço, ou mesmo a sua tendência à fadiga permitiu aos profissionais de saúde desenvolverem métodos e recursos terapêuticos capazes de restaurarem as funções motoras e respiratórias mais precocemente.

Além disso, com o uso de eletrodos de superfície o processo é indolor e, além de tudo, não invasivo. Outra característica é que não há restrição de idade ou qualquer classificação de paciente.

Com relação às áreas do corpo, o eletromiógrafo de superfície pode ser utilizado nos músculos da face (no caso da área de odontologia, contribuindo para o trabalho de dentistas e fisioterapeutas), músculos de membros inferiores e superiores e também nos músculos que estão envolvidos na respiração.

Dessa forma, “processos como a descontinuação da respiração artificial, a restauração da manutenção postural e o retorno às atividades da vida diária, são acelerados com advento da EMGs”, completa.

Outra vantagem que podemos citar da eletromiografia superficial é que não é necessário utilizar sedativos ou anestesias para realizar o exame, o qual pode ser feito direto no consultório médico. O procedimento pode durar apenas 20 minutos, porém, pode chegar até duas horas, dependendo do caso.

Portanto, podemos dizer que a Eletromiografia de Superfície é essencial para auxiliar os profissionais com dois fatores:

  • interpretação e entendimento de mecanismos biomecânicos e fisiológicos, além de mudanças cinéticas, que ocorrem no início da prática de atividade física;
  • avaliação e compreensão de doenças que podem comprometer o aparelho locomotor e principalmente em exercícios de treinamento de força.

Experiência do cliente com o produto e com o atendimento da MIOTEC

Com relação à sua experiência, Helson comenta:

Nosso serviço de fisioterapia hospitalar aqui em Niterói, Rio de Janeiro, está desenvolvendo pesquisas inovadoras acerca do entendimento e readaptações mecânicas da musculatura respiratória dos pacientes internados na UTI e que façam uso de ventilação artificial. Os resultados preliminares têm sido norteadores das técnicas de fisioterapia respiratória; os desfechos clínicos e funcionais têm sido favoráveis”.

A Miotec ajuda seus clientes fornecendo equipamentos e tecnologias, como o eletromiógrafo de superfície, que auxiliam e melhoram seu trabalho tanto na avaliação quanto no tratamento, contribuindo, portanto, com o crescimento do profissional de forma sustentada, por meio da tecnologia.  

Quer saber mais como estar sempre atualizado com as principais tendências do mercado ou utilizar a tecnologia em suas pesquisas? Contate-nos!





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