literatura científica e pacientes

Literatura científica e pacientes: como explicar didaticamente o que é feito nela

28/03/2018   POR MIOTEC - CONECTANDO TECNOLOGIA AO MOVIMENTO HUMANO

Atualmente, as pessoas têm muito acesso à informação e, independentemente da faixa etária, a maioria delas sempre estão conectadas à internet via smartphones, tablets, notebooks, etc. Por esse motivo é que a literatura científica e pacientes precisam andar lado a lado.

Isso é importante porque o paciente precisa saber, em detalhes, como cada procedimento será realizado e como ele será beneficiado com isso. Porém, nos dias de hoje, a internet é bombardeada por informações que podem confundir e deixá-lo confuso.

Diante disso, é fundamental auxiliar o paciente a fazer essa busca de forma responsável, para que ele consiga utilizar a internet a seu favor. Quer saber como fazer isso?

Para falar sobre o assunto, chamamos a fisioterapeuta Adriane Bertotto, professora no Centro Universitário La Salle (Unilasalle), nas disciplinas de Fisioterapia Pélvica e Fisioterapia Dermato-Funcional, a qual já atuou em clínica na área de fisioterapia pélvica e tem uma vasta experiência nesse ramo.

Continue a leitura deste post, pois você aprenderá como é possível explicar a literatura científica, didaticamente, para o seu paciente. Vamos lá?

Importância da didática para a aprendizagem

Embora o paciente pesquise sobre o seu caso clínico, ele jamais conseguirá chegar a um parecer concreto sem a ajuda de um profissional da área. É por essa razão que a didática é uma estratégia de extrema importância para traduzir a linguagem científica ao paciente.

Ela estabelece uma boa comunicação entre o profissional e o paciente, facilitando a compreensão do caso — por parte do fisioterapeuta—, facilitando a explicação dos procedimentos que serão realizados no tratamento.

Didática na relação entre o profissional da saúde e o paciente

Nos dias atuais, os pacientes são altamente conectados com o mundo virtual, desde as crianças até os idosos. Nesse sentido, recursos como computadores, imagens digitais e, até mesmo, a gamificação ajudam os profissionais a passarem uma imagem positiva e engajadora sobre o tratamento que será realizado

Dessa maneira, o paciente se sente como uma parte ativa da sua própria recuperação e passa a acreditar mais nela. Ademais, o relacionamento interpessoal entre o profissional e o paciente se fortalece, facilitando o entendimento entre as partes.

O fisioterapeuta não precisará tratar o paciente fazendo somente o que ele deseja, pois a didática mostrará, com clareza, a importância de cada tratamento e quais resultados eles oferecem. Por conseguinte, o paciente conseguirá observar o seu próprio progresso com a ajuda dos recursos tecnológicos, os quais poderão ser mostrados de forma educativa, seja por meio de aplicativos ou por tela de biofeedback.

Como a didática auxilia na explicação da literatura científica

Os métodos utilizados para explicar a literatura científica ao paciente vão auxiliar no seu processo de reabilitação. Isso porque a fisioterapia também precisa funcionar como um procedimento educativo.

Em virtude disso, é preciso explicar, em detalhes e de uma maneira que ele entenda, quais serão as técnicas utilizadas e os benefícios que ele terá com a prática. Ao perceber e compreender que o que ele está fazendo está contribuindo para a sua reabilitação, o paciente sente-se um aliado ao seu próprio tratamento.

Por exemplo, a eletroterapia é um recurso tecnológico utilizado para reabilitar a região pélvica. Nesse momento, é preciso explicar ao paciente que esse equipamento emitirá correntes elétricas em determinada região para auxiliar na sua completa recuperação, a fim de acalmá-lo.

Caso você não dê uma explicação plausível sobre o que será feito e o que ele sentirá, o paciente poderá ficar tenso e, em consequência disso, sua musculatura poderá se contrair, causando dor e atrapalhando a execução de procedimentos sequenciais.

Além disso, a falta de compreensão do que será trabalhado tem outras consequências, como o paciente não ser fidelizado ao tratamento, desacreditar na sua eficácia e, até mesmo, não evoluir como gostaria.

Segundo Adriane Bertotto, “quando conseguimos alcançar e compreender o nível de aprendizado do paciente, ele se torna parceiro, segue as instruções com mais afinco e consegue entender melhor o seu processo de reabilitação. Para isso, é preciso trabalhar no mesmo patamar que ele e garantir que a sua linguagem será compreendida”.

Estratégias para fazer uma explicação científica didática

Com o avanço da tecnologia as estratégias para explicar a literatura científica para pacientes se ampliaram e facilitaram a vida dos profissionais da área da saúde. A seguir, listamos as principais. Acompanhe!

Recursos tecnológicos

Com um simples monitor ou tablet é possível mostrar uma forma anatômica e explicar os efeitos de uma cirurgia ao qual o paciente será submetido e, inclusive, qual é a musculatura envolvida naquele processo, quais partes do corpo serão trabalhadas depois, etc. Esses recursos também são bons para oferecer exemplos de movimentos característicos do corpo.

No mercado existem diversos aplicativos de celular que trabalham com exercícios gráficos e que podem acompanhar — com o uso de imagens digitais — a contração muscular do paciente.

Para facilitar o entendimento dos procedimentos, também é interessante usar figuras de linguagem e exemplos corriqueiros presentes na rotina do paciente. Isso desperta um nível perceptivo que facilita a compreensão da linguagem científica.

Gamificação

Outra estratégia incrível e bem forte na fisioterapia é a gamificação. É evidente que, para o paciente, o game deve ser lúdico; mas para os profissionais, ele tem um aporte mais técnico e científico, com objetivos importantíssimos no que diz respeito ao equilíbrio, trabalho muscular, aprendizado, etc. Assim, é possível trabalhar de forma simplificada e divertida, contribuindo para que a sessão não se torne chata para o paciente, o que auxilia na sua fidelização.

Atividades lúdicas para crianças

Para que você consiga explicar para uma criança como o tratamento será realizado é preciso entrar no mundo dela. Nesse momento, o uso de atividades lúdicas, teatros, desenhos, brinquedos e jogos são muito importantes para tranquilizá-las e fazê-las entender pelo que vão passar.

Ao trazer o paciente para o universo da literatura científica, utilizando linguagens e recursos que já está familiarizado e compreende, ele é inserido naquele contexto com mais facilidade.

Isso vai auxiliar não só o terapeuta, como também o paciente: ele entenderá melhor o que está acontecendo, saberá lidar melhor com o seu tratamento, não ficará frustrado caso algo não dê certo e, o mais importante de tudo, vai adquirir aprendizados.

Lembre-se de que saúde e educação sempre devem andar juntas, por isso é imprescindível explicar a literatura científica ao paciente, de uma maneira simples e compreensível.

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