Robótica na medicina

Robótica na Medicina: quais as principais inovações da área?

19/07/2018   POR MIOTEC - CONECTANDO TECNOLOGIA AO MOVIMENTO HUMANO
As principais inovações de robótica na medicina estão transformando as consultas e tratamentos médicos. Antes restrita a consultas e avaliações laboratoriais, a tecnologia vem sendo aliada a processos e diagnósticos, otimizando resultados para todas as áreas.

Muito além do prontuário eletrônico, a robótica vem sendo implementada para solucionar desde os procedimentos simples até o monitoramento de sinais vitais, com grande confiabilidade. Os dados colhidos servem para diminuir os riscos, identificar possíveis desenvolvimentos de doenças e melhorar os processos cirúrgicos e diagnósticos.

A medicina do futuro alia o conhecimento técnico com o desenvolvimento humano, gerando uma relação de maior proximidade entre médico e paciente. Ela auxilia nas pesquisas que tratam das doenças infecciosas, contágios e riscos de acordo com a faixa etária, podendo servir para indicar tratamentos para rejuvenescimento, terapias e nutrição.

Neste texto, vamos mostrar quais são os principais usos das novas tecnologias na área de saúde. Aproveite a leitura!

A revolução dos robôs

Não se trata de ficção científica — os robôs realmente estão promovendo uma revolução social, inclusive, na área da medicina. Com o suporte dos robôs, os médicos e enfermeiros podem otimizar seu trabalho e garantir tratamentos mais eficazes.

Nesse contexto, a possibilidade de salvar mais vidas é um dos resultados da utilização de robôs em hospitais. Da mesma forma que um robô é programado para modelar e soldar peças de um veículo com máxima precisão, ele também pode ser programado para efetuar atividades delicadas, como cirurgias, reduzindo a quantidade de erros na área da saúde.

Além de cirurgias, os robôs podem monitorar pacientes, fazer triagens, marcar consultas, analisar dados diversos, atender de forma remota e muitas outras atividades.

As vantagens de usar robôs na medicina

A robótica na medicina oferece muitas vantagens, como:

  • a redução dos riscos de infecções, sangramentos e sequelas (como as cicatrizes marcantes);
  • a mais rápida recuperação do paciente;
  • um período menor de internação;
  • a melhor qualidade da imagem, com microcâmeras e a visão em 3D;
  • uma melhor ergonomia para o cirurgião, já que movimentos mais difíceis podem ser efetivados de forma simples pelas máquinas;
  • um acesso maior a cirurgias, pois os movimentos realizados pelos autômatos aumentam as possibilidades de efetuar procedimentos que seriam mais complicados se feitos manualmente;
  • os procedimentos menos invasivos, com cortes menores e mais precisos;
  • um sistema de prevenção contra tremores durante as cirurgias.

Aplicação da telemedicina

Os robôs conseguem realizar não apenas cirurgias presenciais, mas também de forma remota, em lugares que não tenham um médico cirurgião especializado naquele procedimento.

As cirurgias remotas, ou telecirurgias, são viabilizadas com o médico especializado trabalhando a distância (operando a máquina), enquanto o médico local acompanha o processo presencialmente, intervindo caso seja necessário.

Além disso, a telemedicina permite o atendimento remoto de outras formas: a emissão de exames, a marcação de consultas, o contato realizado com o paciente e outros processos.

Uso de inteligência artificial

Simulando algumas atividades humanas, a inteligência artificial é conectada a dispositivos, para desempenharem processos de diagnóstico, estatísticas e resolução de problemas. Armazenando um banco de dados de pacientes reais, ela cruza resultados, fazendo cálculos que apontam informações com precisão.

A IA é utilizada para transmitir exames via telemedicina e também para fazer triagens e análises antes de atendimentos. Tais ferramentas podem ser usadas em tratamentos contra o câncer, por exemplo, e melhorar o atendimento nos centros médicos de pronto atendimento.

Robótica na medicina: monitoramento em tempo real

Os pacientes que precisam de acompanhamento frequente monitoram as funções coletando os dados de modo contínuo. A robótica auxilia na obtenção dessas informações por meio da tecnologia. Assim, consegue reunir, armazenar ou mesmo enviar os dados para outras pessoas, como médicos e acompanhantes.

Podem ser medidos os níveis de oxigenação, de glicose, da pressão arterial ou dos batimentos cardíacos. A captação das informações é feita por aparelhos que podem ser conectados a smartphones, tablets e outros dispositivos eletrônicos, acessados a partir de um simples aplicativo.

Acesso ao banco de dados integrados

Integrando vários dispositivos ligados desde o diagnóstico até o monitoramento de recuperação, os bancos de dados podem ser compartilhados, acompanhando cada mudança em tempo real.

Conectados a aparelhos analógicos e também aos de última geração, os dados podem ser reunidos em uma plataforma única, com uma interface que indicará os resultados. Também podem ser programados alarmes para medicamentos ou realização de exames periódicos.

Realização de cirurgias menos invasivas

Certamente, um dos tópicos mais interessantes do uso da robótica na medicina se dá pelo seu uso cirúrgico. Gerando robôs que trabalham com bastante precisão e menor invasão, a tecnologia colabora para um procedimento de maior segurança.

Os robôs acessam áreas de modo mais controlado, enviando informações o tempo inteiro para o médico cirurgião. Sendo menos agressiva para o corpo, a robótica auxilia na recuperação e no sucesso dos procedimentos.

Versatilidade dos braços robóticos

Por meio da retroalimentação visual, tátil e auditiva, os braços robóticos reproduzem com precisão os movimentos de um médico cirurgião. O cirurgião sente como se estivesse efetivamente realizando o procedimento. Ele pode sentir os tecidos que os braços mecânicos estão manipulando.

A câmera do robô permanece imóvel, produzindo imagens 3D em HD. A nitidez das imagens em alta definição permite que cirurgias mais complicadas sejam efetivadas com mais facilidade e eficiência.

Por mais experientes que sejam, os médicos podem tremer um pouco durante as cirurgias. Os braços robóticos estão livres desse problema. O médico também pode girar os eixos em 360º, alcançando áreas onde suas próprias mãos teriam dificuldades em atingir.

Aplicações em pacientes com câncer

A robótica na medicina já é usada em diversas aplicações, como ginecologia, urologia, coloproctologia, cirurgia torácica, reduções de estômago e também no tratamento do câncer.

Um dos robôs que se destacam nas cirurgias oncológicas é o Da Vinci XI, da Rede Mater Dei de Saúde (Belo Horizonte, MG). Nos casos de câncer ginecológico, é possível fazer a identificação em tempo real por meio da tecnologia Firefly, baseada na radiação infravermelha.

Os médicos obtêm uma visão detalhada devido à imagem fluorescente, podendo analisar melhor a anatomia de estruturas e de vasos. Também é possível fazer uma pesquisa mais profunda dos linfonodos.

Usando robôs nos procedimentos para erradicar o câncer de próstata, consegue-se diminuir os riscos de impotência e incontinência urinária. Nesses casos, conforme explica a FELUMA (Fundação Educacional Lucas Machado), alguns pacientes recebem alta depois de 24 horas quando o período convencional é de dois dias, no mínimo.

Embora a robótica na medicina seja vista como uma contribuição somente no modo evolutivo, ela faz com que a relação entre médico e paciente se torne mais confiante e humanizada. Retirando os processos burocráticos dos profissionais, eles podem se dedicar com mais cuidado no tratamento e acompanhamento dentro de consultórios e cirurgias.

Todo profissional da saúde deve aderir à robótica na medicina, porque ela confere mais competitividade, resultados mais rápidos e positivos e facilita os trabalhos, sejam complexos, sejam do tipo repetitivo. Além disso, é uma tendência que não se pode desconsiderar.

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Gostou das inovações? Então não deixe de conferir como a tecnologia pode contribuir com a reabilitação de pacientes.





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