Sonda vaginal: entenda o que é e como ela funciona | Blog Miotec

Sonda vaginal: entenda o que é e como ela funciona

12/09/2024   POR MIOTEC - CONECTANDO TECNOLOGIA AO MOVIMENTO HUMANO

Você sabe o que é uma sonda vaginal? Entenda aqui a diferença entre elas e para quais tratamentos e situações devem ser utilizadas. Descubra agora!

Não são raros os casos de mulheres com dificuldade em controlar os músculos do assoalho pélvico (MAPs) adequadamente. Por isso, para evitar problemas causados por essa deficiência, como a incontinência urinária, tratamentos com estimulação elétrica e biofeedback ganham cada vez mais espaço. Nesse sentido, a sonda vaginal é uma muito bem-vinda aliada na obtenção de bons resultados.

As primeiras sondas surgiram nos anos 70, porém, com o decorrer das décadas, evoluíram tecnologicamente, propiciando terapias mais eficazes e precisas do que as técnicas tradicionais. Neste artigo, afinal, vamos explicar o que é, para que serve e como funciona este dispositivo.

O que é a sonda vaginal?

A sonda vaginal é um suprimento que pode ser utilizado para captar os sinais de eletromiografia e de biofeedback ou para estimular a musculatura perineal. Com diferentes tamanhos e modelos, ela é também chamada de sonda uroginecológica ou eletrodo intracavitário (anal ou vaginal) e possui uma placa metálica em sua constituição. Dessa forma, uma vez introduzida no corpo da paciente, realiza o contato com a musculatura e permite a captação do sinal eletromiográfico ou o estímulo elétrico na região, a depender do equipamento utilizado.

Ela é usada para dar suporte à educação do MAP, uma vez que fornece, tanto à paciente quanto ao profissional, informações precisas sobre o modo como os músculos estão trabalhando. As principais indicações da sonda vaginal são para os tratamentos de incontinência urinária, incontinência fecal e reeducação neuromuscular. No entanto, ela é também eficaz para controlar outras das demais doenças que atingem o assoalho pélvico.

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Como a sonda vaginal funciona?

O objetivo de seu uso é, sobretudo, ensinar às mulheres a forma correta de usar a musculatura do assoalho pélvico. Para isso, a sonda vaginal funciona como um complemento tanto para avaliações, por meio da eletromiografia, quanto para tratamentos com biofeedback ou eletroestimulação. Na prática, sua utilização vai variar de acordo com a técnica e o objetivo aplicados.

Na avaliação com eletromiografia

A sonda é conectada a um dispositivo de eletromiografia cuja taxa de amostragem mínima é de 1000 Hz.  Essa tecnologia mede a atividade em microvolts e permite identificar se a musculatura está ativa e se vai responder bem ao exercício proposto pela fisioterapia pélvica.

A avaliação identifica, por exemplo, se as fibras ativadas são as corretas, se a ativação é imediata ou atrasada e se o músculo volta ao lugar no momento do relaxamento. Com base nesses dados, é possível traçar metas e objetivos de tratamento, determinar a frequência da estimulação e, inclusive, definir terapias por biofeedback.

No tratamento com eletroestimulação

Neste caso, utiliza-se a corrente elétrica de baixa voltagem. A princípio, a sonda – já no corpo – dá pequenos choques no músculo do assoalho pélvico, fazendo com que ele se contraia independentemente da vontade da paciente. Assim, é possível avaliar se o movimento do músculo está correto.

Essa contração não atua diretamente no fortalecimento do músculo, mas fornece um estímulo proprioceptivo fundamental para a mulher que não sabe como contrair o MAP. Com isso, ela reconhece a localização do músculo, a forma como ele trabalha e sua relação com as demais funções do corpo.

Além disso, outro efeito é a redução da hiperatividade da bexiga, causada por um comportamento anormal do músculo detrusor. Assim, a eletroestimulação ajuda a controlar o movimento involuntário do músculo, evitando que a paciente elimine urina fora de hora.

Auxiliando o biofeedback

Como já sabemos, nem sempre a mulher sabe se está contraindo o assoalho pélvico, nem se está fazendo isso corretamente. De tal modo, a sonda vaginal aliada ao biofeedback faz com que a paciente perceba o movimento pélvico, permitindo que ela controle a musculatura, que passa a trabalhar de maneira apropriada.

Tanto na eletroestimulação quanto na coleta para o biofeedback, o profissional pode utilizar e/ou indicar a mesma sonda, a PelviFit Lite. Sem dúvida, esse é um ótimo exemplo de sonda versátil para diversos tratamentos do assoalho pélvico.

Conheça a PelviFit Lite, da Miotec, um dispositivo intracavitário vaginal para contração perineal anatômico pequeno.

A PelviFit Lite é uma sonda descartável e comercializada em pacote de 10 unidades.

A sonda é introduzida e, assim que o músculo do assoalho pélvico se contrai ao redor dela, a atividade elétrica é capturada pelo equipamento de eletromiografia e mostrada em um monitor. O resultado pode ser dado por meio de sinais sonoros, como bips, e/ou visuais, com gráficos que mostram à paciente a intensidade com que ela realiza a contração e quanto tempo o movimento dura.

Os dados são precisos, fornecendo a atividade elétrica do músculo (em microvolts), o tempo e o tipo de contração (crescente, decrescente ou constante) exatos. Assim, a mulher entende o que é uma contração e um relaxamento adequados e o que acontece com seu corpo quando realiza esses dois movimentos adequadamente.

Benefícios práticos do biofeedback via sonda

Com o biofeedback é possível perceber se uma musculatura é hiperativa, e a sonda vaginal, por sua vez, possibilita à mulher aprender a fazer esse músculo relaxar. Em suma, a técnica serve para determinar qual o tratamento adequado para cada situação, de modo que o profissional utilize a sonda para realizar terapia em si.

Contudo, lembre-se de que o biofeedback não fortalece diretamente a musculatura. Para isso, são necessários exercícios com o auxílio e a supervisão de um fisioterapeuta pélvico. Afinal, tanto o biofeedback quanto a eletroterapia ensinam como é a contração para as mulheres incapazes de contrair a MAP satisfatoriamente, mas não deixam o músculo mais forte.

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Dispositivos complementares

Com design anatômico, os educadores perineais, como a PelviFit Trainer, são dispositivos ideais para complementar os exercícios realizados com as sondas intracavitárias para eletroestimulação e eletromiografia. 

Isso porque, em uma das extremidades da PelviFit Trainer, há uma antena — responsável pelo biofeedback visual — que fica visível para a paciente quando ocorrer a introdução do educador no canal vaginal. 

Ao realizar os exercícios, a paciente contrai a MAP, fazendo com que a antena mova-se para baixo, indicando uma contração correta. Se a antena subir, a contração está errada, e a paciente pode ajustar o exercício em tempo real. 

Com esse recurso, o profissional consegue prescrever exercícios de forma mais eficiente para que os pacientes possam realizá-los em casa. Assim, eles mantêm a continuidade dos exercícios iniciados na clínica, mas agora com instruções que ajudam a monitorar a execução correta dos movimentos.

Veja como realizar a Contração Correta da Sonda Vaginal (Dispositivo Intracavitário Vaginal) da Miotec

Contração Correta

Veja como é a Contração Incorreta do Dispositivo Intracavitário Vaginal da Miotec

Contração Incorreta

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Atuação da sonda vaginal nos problemas de incontinência

Estima-se que o risco de apresentar incontinência urinária durante a vida seja de 40%. Entre as possíveis causas do problema estão a atrofia dos músculos e dos tecidos, bem como o declínio funcional dos sistemas nervoso e circulatório. Dessa maneira, com a utilização dos estímulos elétricos, ocorre a ativação dos circuitos neurológicos, fazendo com que as fibras musculares responsáveis por evitar a saída involuntária da urina atuem corretamente.

Certamente, a maneira mais eficiente de realizar esse estímulo é por meio da sonda vaginal, de acordo com os especialistas Dominique Grosse e Jean Sengler, em seu livro Reeducação Perineal. Segundo os autores, as respostas são melhores quando a paciente utiliza o suprimento, pois ele fica mais próximo ao nervo pudendo, responsável pela sensibilidade do períneo.

A incontinência é um dos problemas mais comuns tratados desta forma, mas a mesma estimulação pode ser terapêutica para outros distúrbios. Em resumo, os principais exemplos são as dores pélvicas e disfunções sexuais (dor durante a relação, perda de desejo e de excitação).

Como você pode perceber, a sonda vaginal é uma grande aliada ao tratamento de doenças que afligem o assoalho pélvico. Altamente sensível à atividade do MAP, o aparelho permite à paciente treinar os músculos com eficiência, com maior controle sobre o movimento, o tipo de contração e sua duração.

Os resultados de terapias que utilizam a sonda são mais notáveis do que aqueles obtidos com a reeducação manual. Logo, em consequência da precisão dos dados, os tratamentos tendem a ficar mais curtos e as avaliações do antes e do depois, mais exatas.

Entendeu mais sobre a sonda vaginal, seu funcionamento e utilidade à fisioterapia pélvica? Você também pode aprender mais a esse respeito acessando esta página sobre avaliação e tratamento por eletromiografia e biofeedback.

✓ Descubra também a PelviFit Trainer PRO da Miotec

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    • Zelia Silva dos Santos
      Tirou minhas dúvidas, muito obrigada
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