Desde infecção urinária até feridas na pele, como escaras de decúbito e afecções pulmonares, as patologias que pacientes acamados internados há muito tempo podem desenvolver, são diversas. Essas enfermidades, aliás, podem comprometer várias partes do corpo devido a procedimentos, medicamentos e exposição ao ambiente hospitalar.
Por isso, neste artigo, vamos explicar os motivos que levam ao surgimento das patologias em pessoas acamadas, quais são as mais frequentes, bem como os tratamentos adotados e como os avanços tecnológicos na fisioterapia podem auxiliar na reabilitação desses casos. Continue a leitura para saber mais!
Por que os pacientes acamados são afetados por diversas patologias?
Algumas das principais patologias que ocorrem com mais frequência em pacientes acamados têm relação direta com o enfraquecimento muscular. Por certo, essa condição ocorre devido à falta de movimentos por longos períodos.
Além disso, o contato com o ambiente hospitalar, medicamentos e procedimentos como a intubação, que pode causar disfagias orofaríngeas, são fatores os quais também contribuem para a ocorrência de patologias.
Nesse sentido, um período de 7 a 14 dias de internação hospitalar já é considerado longo, podendo levar a graves consequências por permanecer deitado, sem atividade física e em contato com bactérias hospitalares. Veja, a seguir, algumas enfermidades que podem surgir ou mesmo se agravar.
Quais são as principais patologias que podem ocorrer com pacientes acamados?
Além de ser a principal alteração que ocorre com todos os pacientes com longo período de repouso, o enfraquecimento dos músculos gera várias disfunções, como feridas na pele, de difícil tratamento, além de problemas respiratórios, incontinência urinária e constipação intestinal.
Enfraquecimento dos músculos e rigidez nas articulações
Sobretudo, a falta de movimento do corpo por um tempo prolongado faz com que os músculos fiquem enfraquecidos e atrofiados. Além disso, as articulações e tecidos que os circundam, como ligamentos e tendões, ficam enrijecidos. Dessa forma, gradativamente, os músculos podem se encurtar de maneira permanente e as articulações podem ficar curvas, provocando uma contratura.
Em suma, as musculaturas que mais enfraquecem são a do pescoço, abdômen, coxas, panturrilhas, região lombar e glúteos. Estima-se que após uma semana na cama, há uma perda de 20% da força muscular. Após 3 a 5 semanas na posição deitada, a perda pode ser de até 50%.
Essas alterações também afetam os nervos, interferindo no equilíbrio e na coordenação e aumentando a probabilidade de quedas após a pessoa sair da cama. Esse processo de enfraquecimento muscular ocorre mais rapidamente em idosos pelo fato de já apresentarem um declínio natural pelo envelhecimento.
Desmineralização dos ossos
Os pacientes que ficam muito dias acamados também sofrem com a perda densidade mineral dos ossos, principalmente nas pernas. Isso ocorre devido à falta de esforço dos músculos contra a gravidade, que só ocorre quando estamos em pé. É por esse motivo que os astronautas necessitam de cadeira de rodas quando voltam de uma viagem espacial.
Úlceras de decúbito
Ficar muito tempo deitado gera pressões nos pontos de atrito da pele com a cama, como cotovelos, parte inferior das costas, cóccix, calcanhares e quadris. Dessa forma, a pressão interfere na circulação sanguínea, cortando o suprimento de sangue. Logo, quando isso ocorre por um longo período, o tecido se rompe, resultando em uma úlcera de decúbito (úlcera por pressão).
É importante observar que esse tipo de úlcera pode começar a se formar em apenas duas horas, sendo mais frequente em pessoas que apresentam as seguintes condições:
- desnutrição — a falta de nutrientes no organismo deixa a pele mais fina, seca e sem elasticidade, ficando suscetível a escoriação;
- incontinência urinária — deixa a pele exposta à ureia que a torna mais macia, facilitando rupturas.
Em alguns casos, as úlceras por pressão são graves e provocam infecções que podem se espalhar pela corrente sanguínea, levando à septicemia (ou sepse). Por isso, é muito importante que enfermeiros ou cuidadores mudem a posição do paciente na cama e utilizem acessórios que ajudam a distribuir melhor o peso do corpo.
Constipação
Quando o paciente fica muito tempo acamado, toda a musculatura do corpo enfraquece, inclusive a responsável pelos movimentos peristálticos. Ademais, a posição deitada também desfavorece o funcionamento intestinal, pois as fezes se movem de maneira mais lenta pelos intestinos e pelo reto para serem excretadas, provocando a constipação.
Tromboses e embolias
Assim como os músculos, o sistema cardiovascular funciona melhor quando a pessoa se encontra na posição em pé, atuando contra a força da gravidade. Desse modo, quando passamos muito tempo deitados o coração bate mais rápido, mas o volume de sangue bombeado é menor. Além disso, ele fica mais grosso, aumentando o risco de coágulos que podem provocar trombose nas pernas ou embolia pulmonar.
Complicações pulmonares
O fato de a musculatura estar em repouso também impede a sua ação nos pulmões para expelir o excesso de fluidos que se formam em seu interior. Sendo assim, a posição deitada também dificulta os movimentos respiratórios, reduzindo a capacidade de reações naturais, como a tosse, para expulsar mucos e partículas nocivas.
Por esse motivo, o paciente acamado por longo período tem maior probabilidade de desenvolver pneumonias e atelectasia, que se refere a um colapso do tecido pulmonar com a perda de volume. Nesse caso, a pessoa pode ser acometida por dispneia ou insuficiência respiratória.
As principais patologias que podem ocorrer com pacientes acamados
Abaixo, veja o resumo das principais patologias que podem surgir em indivíduos acamados, bem como doenças por ficar internado:
- Enfraquecimento dos músculos e rigidez nas articulações;
- Desmineralização dos ossos;
- Úlceras de decúbito;
- Constipação;
- Tromboses e embolias;
- Complicações pulmonares.
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Como tratar as patologias em pacientes acamados?
Em geral, as patologias provocadas por imobilidade necessitam de uma avaliação muscular e fisioterapia visando a rápida recuperação da mobilidade do paciente. Para isso, podem ser utilizadas técnicas fisioterápicas, como a fisioterapia respiratória, bem como aparelhos com tecnologia de ponta que possibilitam a avaliação e identificação precisa do músculo que necessita ser trabalhado, além da terapia mais indicada para o seu fortalecimento.
Nesse sentido, o uso do urofluxômetro é indicado para o tratamento da incontinência urinária, assim como o biotrainer e a eletromiografia que ajudam na recuperação da patologia.
Em quanto tempo uma pessoa acamada volta a andar?
Certamente, o período necessário para que o paciente volte a caminhar varia de acordo com sua situação clínica e quadro de saúde geral. Logo, é essencial contar com a ajuda de profissionais, como médicos e fisioterapeutas, para que – após exames e avaliações – as possibilidades sejam aferidas e, quando possível, os melhores tratamentos sejam indicados.
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Como a tecnologia ajuda a tratar as patologias?
Certamente, os avanços tecnológicos beneficiaram muito o tratamento de diversas patologias que acometem pacientes acamados, principalmente na área de estímulos para o fortalecimento e reabilitação muscular.
A eletromiografia, por exemplo, possibilita verificar e quantificar a atividade dos músculos, com base em informações captadas por meio de estímulos eletromiográficos, medidos em microvolt. Essa tecnologia permite identificar:
- capacidade máxima de contração;
- fibra muscular predominante;
- tempo de resposta para recrutar a musculatura;
- tempo que o paciente consegue manter a contração.
Dessa forma, aparelhos de eletromiografia como o New Miotool da Miotec, tornam a fisioterapia prática e funcional. Sem dúvida, trata-se de um equipamento ideal para atendimentos clínicos e realização de pesquisas, pois, além de permitir a utilização de sensores EMG, também possibilita o uso de diversos acessórios como:
- acelerômetro triaxial;
- célula de carga;
- cinta de expansão torácica;
- dinamômetro manual;
- escapular e dorsal para captar a força;
- gatilho de sincronismo;
- goniômetro para determinar a angulação de articulações;
- sensor de sincronismo com equipamento isocinético, entre outros.
Portanto, como vimos, há diversas patologias que pacientes que ficaram internados muito tempo podem desenvolver. Certamente, as que ocorrem com mais frequência são provocadas pelo enfraquecimento muscular, devido ao longo tempo de imobilidade. Nesse sentido, a tecnologia é uma grande aliada para avaliação, recuperação da mobilidade e melhoria da qualidade de vida.
Essas informações foram úteis? Para saber mais sobre aparelhos que ajudam na reabilitação física de pessoas acamadas por longos períodos, entre em contato conosco!
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Com a ajuda de técnicas, a fisioterapia respiratória ajuda a recuperar e prevenir disfunções relacionadas ao processo de respiração. Conheça!
Você sabe o que é fisioterapia respiratória? Pois bem, conhecer esse conceito é fundamental, tendo em vista que os problemas respiratórios tendem a aumentar durante as estações do outono e inverno. De acordo com dados da Fio Cruz, em pelo menos 5 estados brasileiros, os casos graves de doenças respiratórias aumentaram no ano de 2024.
A fisioterapia respiratória, por sua vez, tem o papel de recuperar e prevenir disfunções relacionadas ao processo de respiração. Com o conjunto de técnicas realizadas, essa prática ajudará a promover a máxima qualidade de vida das pessoas que sofrem com esse problema, melhorando a funcionalidade do aparelho respiratório.
Quer saber mais sobre essa técnica que ajuda as pessoas a terem uma saúde melhor, aumentando o seu bem-estar? Então continue a leitura para entender seus objetivos e benefícios!
Objetivos da fisioterapia respiratória
Como dito, o objetivo da fisioterapia respiratória é prevenir e tratar as doenças do sistema respiratório.
Por meio dessa técnica será possível melhorar a distribuição de oxigênio para o corpo todo. Dessa forma, as vias respiratórias serão desobstruídas das secreções e, com isso, a capacidade ventilatória do pulmão aumentará.
Consequentemente, doenças como atelectasia e pneumonia não farão mais parte da vida do paciente depois que ele seguir à risca os tratamentos da fisioterapia respiratória. Dessa forma, sua saúde e bem-estar melhorarão muito.
Fisioterapia respiratória infantil
A fisioterapia respiratória infantil é essencial para o tratamento e a prevenção de doenças respiratórias em crianças, especialmente aquelas que ainda estão em fase de desenvolvimento pulmonar. Nesse sentido, as técnicas são adaptadas para atender às necessidades específicas dos pequenos, considerando suas particularidades anatômicas e fisiológicas.
Crianças com doenças como bronquiolite, asma, e fibrose cística, por exemplo, beneficiam-se significativamente desse tipo de tratamento. Afinal, a fisioterapia ajuda a desobstruir as vias aéreas, melhorar a ventilação pulmonar e também a prevenir complicações respiratórias. Além disso, ela contribui para o fortalecimento dos músculos respiratórios, promovendo uma respiração mais eficiente e melhorando a qualidade de vida da criança.
No geral, para que aumentem a eficiência do tratamento, os fisioterapeutas utilizam métodos lúdicos e menos invasivos para garantir que as sessões sejam eficazes e confortáveis, respeitando o tempo e a condição física de cada criança.
Como fazer fisioterapia respiratória?
Conheça algumas das principais técnicas utilizadas na fisioterapia pulmonar (respiratória):
- Drenagem Postural: o profissional posiciona o paciente de forma que a gravidade ajude a drenar as secreções dos pulmões para as vias aéreas superiores, assim facilitando a expectoração.
- Técnicas de Expansão Pulmonar: incluem exercícios que incentivam a respiração profunda, como a inspiração fracionada e o uso de incentivadores respiratórios, com o objetivo de aumentar a capacidade pulmonar e prevenir atelectasias (colapso de parte do pulmão).
- Técnicas de Desobstrução Brônquica: essencialmente, a tosse assistida, vibração e compressão torácica, bem como a técnica de expiração forçada (também conhecida como huffing). Essas técnicas ajudam a mobilizar e eliminar secreções acumuladas nos pulmões.
- Ventilação Não Invasiva (VNI): em alguns casos, pode-se usar dispositivos que auxiliam na ventilação, como o CPAP (Continuous Positive Airway Pressure), para melhorar a oxigenação e a troca gasosa.
- Exercícios Respiratórios: esses são exercícios que focam na coordenação entre o movimento do diafragma e a respiração. A respiração diafragmática, por exemplo, ajuda a fortalecer o diafragma e a melhorar a ventilação.
- Fisioterapia Motora: inclui exercícios de fortalecimento muscular, especialmente dos músculos respiratórios – como os intercostais e o diafragma –, e também exercícios gerais para melhorar a mobilidade e resistência física do paciente.
- Cinesioterapia Respiratória: combina exercícios respiratórios com movimentos corporais, incentivando a mobilização das secreções e a melhora da função respiratória.
Benefícios proporcionados ao bem-estar do paciente
Em suma, a fisioterapia respiratória proporcionará ao paciente a oportunidade de ter uma vida melhor, e isso se deve aos benefícios que a técnica oferece. Confira os principais deles.
Aumento da resistência respiratória
A resistência respiratória é responsável por suportar a fadiga nos esforços realizados com longa duração e intensidade moderada.
Por meio da fisioterapia respiratória é possível aumentar a capacidade que os pulmões têm de fazer o transporte adequado do oxigênio para o sangue e demais nutrientes para os tecidos. Dessa forma, o paciente conseguirá realizar suas atividades físicas diárias sem correr o risco de se sentir mal pela falta de ar.
Diminuição da fadiga
A prática de fisioterapia respiratória também auxiliará na redução da fadiga. Isso acontece porque, como explicamos no tópico anterior, tal prática fortalece a resistência da respiração, proporcionando ao indivíduo mais disposição para realizar suas atividades físicas e demais trabalhos rotineiros.
Melhora da mobilidade da caixa torácica e coluna dorsal
Por restabelecer o padrão respiratório funcional, a fisioterapia consegue diminuir o gasto de energia durante a respiração. Com isso, o paciente melhora sua ventilação e, consequentemente, elimina suas secreções, facilitando as trocas gasosas que ajudam a melhorar a mobilidade da caixa torácica.
Os problemas com a coluna dorsal também podem ser reduzidos com a técnica. Isso porque ela ajuda a exercitar a resistência e o movimento do músculo (conhecido como transverso do abdômen), localizado desde o umbigo até a região da coluna, que é responsável por nos oferecer estabilidade.
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A fisioterapia respiratória no contexto da Covid-19
De 11 de março de 2020 a maio de 2023 o mundo vivenciou oficialmente uma pandemia pela Covid-19. O assunto notório, amplamente divulgado pelos veículos de comunicação, levantou a demanda para a atuação em diversas áreas — e a fisioterapia é uma delas.
Afinal, a insuficiência respiratória é a principal causa de morbimortalidade da doença, sendo considerada a principal causa de morte da Covid-19, ao lado do choque séptico. Não à toa, no ponto mais crítico, a principal demanda da infecção pelo coronavírus foi a de leitos de UTI e respiradores, dado o seu impacto respiratório.
Por isso, selecionamos os principais contextos em que essa e outras doenças demandam cuidados específicos do fisioterapeuta respiratório. Você perceberá que a atualização desse profissional é muito maior do que apenas ajustar aparelhos respiratórios durante a internação. Confira a seguir.
Ambiente intra-hospitalar
O contexto intra-hospitalar é um dos principais cenários de prática do fisioterapeuta respiratório. Este é responsável não apenas por ajustar os parâmetros do respirador, mas também por assistir diversos procedimentos no hospital. Aspiração de vias aéreas, cuidado com o tubo orotraqueal e suspeição de complicações fazem parte de sua rotina.
Além disso, o fisioterapeuta também tem um papel fundamental na recuperação da função pulmonar do paciente: após dias entubado, ele pode sofrer com hipotrofia da musculatura respiratória e precisar de auxílio após a extubação. Nesse momento, será essencial um acompanhamento estreito do paciente para devolvê-lo sua função respiratória.
Acompanhamento domiciliar
Embora o hospital seja o “protótipo” da atuação do fisioterapeuta respiratório, ele não é o seu único cenário de atuação, já que muitos pacientes com distúrbios respiratórios não necessitam de internação. No entanto, esses pacientes podem necessitar de otimização da função respiratória para evitar a deterioração e a necessidade de uma futura hospitalização.
Para esses pacientes — especialmente já antigos de seu consultório — pode ser necessário o acompanhamento domiciliar do fisioterapeuta. Nele, o paciente deve ser instruído aos exercícios necessários para a fisioterapia. Ademais, também será necessário observar os parâmetros vitais e manter a suspeição elevada para a insuficiência respiratória.
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Fisioterapia Respiratória após a pandemia
O coronavírus não preocupava apenas pela sobrecarga do sistema de saúde durante a pandemia. Isso porque também havia uma grande preocupação com o período posterior, devido às complicações da Covid-19 e de outras doenças. Afinal, durante a sua duração oficial (de 2020 a 2023), instituições e seus responsáveis adiaram cirurgias eletivas, além de haver um grande receio quanto ao comparecimento ao PA — o que, invariavelmente, piorou o quadro clínico de outras doenças crônicas.
Por isso, no momento pós-pandemia a previsão de que o fisioterapeuta respiratório fosse altamente demandado acabou se cumprindo. Dessa forma, os profissionais puderam auxiliar na recuperação da função respiratória dos pacientes que contraíram a doença, além de problemas relacionados a outras enfermidades e condições.
Por esses motivos, consideramos esse especialista extremamente útil antes, durante e após possíveis hospitalizações por conta da Covid-19, mesmo após o fim da pandemia, o que se estende a outras doenças que afetam o sistema respiratório. Nesse contexto, a especialização será fundamental aos profissionais que desejam se aprofundar na fisioterapia respiratória, dada a sua alta relevância no mercado.
Pois bem, agora você sabe como a fisioterapia respiratória pode mudar a vida de um paciente que sofre dores constantes. Sendo assim, poder disponibilizar esse tipo de solução às pessoas que procuram o seu consultório é fundamental para se destacar no mercado. Na prática, tanto pandemias quanto contextos em que a carga viral se eleva – devido à mudança de estações e a fatores climáticos diversos – aumentam a demanda por esse tipo de profissional, algo que pode perdurar ainda por meses ou anos a depender das circunstâncias. Portanto, se essa é sua área de atuação, especialize-se cada vez mais e faça a diferença na vida de seus pacientes!
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Você sabe o que é uma sonda vaginal? Entenda aqui a diferença entre elas e para quais tratamentos e situações devem ser utilizadas. Descubra agora!
Não são raros os casos de mulheres com dificuldade em controlar os músculos do assoalho pélvico (MAPs) adequadamente. Por isso, para evitar problemas causados por essa deficiência, como a incontinência urinária, tratamentos com estimulação elétrica e biofeedback ganham cada vez mais espaço. Nesse sentido, a sonda vaginal é uma muito bem-vinda aliada na obtenção de bons resultados.
As primeiras sondas surgiram nos anos 70, porém, com o decorrer das décadas, evoluíram tecnologicamente, propiciando terapias mais eficazes e precisas do que as técnicas tradicionais. Neste artigo, afinal, vamos explicar o que é, para que serve e como funciona este dispositivo.
O que é a sonda vaginal?
A sonda vaginal é um suprimento que pode ser utilizado para captar os sinais de eletromiografia e de biofeedback ou para estimular a musculatura perineal. Com diferentes tamanhos e modelos, ela é também chamada de sonda uroginecológica ou eletrodo intracavitário (anal ou vaginal) e possui uma placa metálica em sua constituição. Dessa forma, uma vez introduzida no corpo da paciente, realiza o contato com a musculatura e permite a captação do sinal eletromiográfico ou o estímulo elétrico na região, a depender do equipamento utilizado.
Ela é usada para dar suporte à educação do MAP, uma vez que fornece, tanto à paciente quanto ao profissional, informações precisas sobre o modo como os músculos estão trabalhando. As principais indicações da sonda vaginal são para os tratamentos de incontinência urinária, incontinência fecal e reeducação neuromuscular. No entanto, ela é também eficaz para controlar outras das demais doenças que atingem o assoalho pélvico.
Como a sonda vaginal funciona?
O objetivo de seu uso é, sobretudo, ensinar às mulheres a forma correta de usar a musculatura do assoalho pélvico. Para isso, a sonda vaginal funciona como um complemento tanto para avaliações, por meio da eletromiografia, quanto para tratamentos com biofeedback ou eletroestimulação. Na prática, sua utilização vai variar de acordo com a técnica e o objetivo aplicados.
Na avaliação com eletromiografia
A sonda é conectada a um dispositivo de eletromiografia cuja taxa de amostragem mínima é de 1000 Hz. Essa tecnologia mede a atividade em microvolts e permite identificar se a musculatura está ativa e se vai responder bem ao exercício proposto pela fisioterapia pélvica.
A avaliação identifica, por exemplo, se as fibras ativadas são as corretas, se a ativação é imediata ou atrasada e se o músculo volta ao lugar no momento do relaxamento. Com base nesses dados, é possível traçar metas e objetivos de tratamento, determinar a frequência da estimulação e, inclusive, definir terapias por biofeedback.
No tratamento com eletroestimulação
Neste caso, utiliza-se a corrente elétrica de baixa voltagem. A princípio, a sonda – já no corpo – dá pequenos choques no músculo do assoalho pélvico, fazendo com que ele se contraia independentemente da vontade da paciente. Assim, é possível avaliar se o movimento do músculo está correto.
Essa contração não atua diretamente no fortalecimento do músculo, mas fornece um estímulo proprioceptivo fundamental para a mulher que não sabe como contrair o MAP. Com isso, ela reconhece a localização do músculo, a forma como ele trabalha e sua relação com as demais funções do corpo.
Além disso, outro efeito é a redução da hiperatividade da bexiga, causada por um comportamento anormal do músculo detrusor. Assim, a eletroestimulação ajuda a controlar o movimento involuntário do músculo, evitando que a paciente elimine urina fora de hora.
Auxiliando o biofeedback
Como já sabemos, nem sempre a mulher sabe se está contraindo o assoalho pélvico, nem se está fazendo isso corretamente. De tal modo, a sonda vaginal aliada ao biofeedback faz com que a paciente perceba o movimento pélvico, permitindo que ela controle a musculatura, que passa a trabalhar de maneira apropriada.
Tanto na eletroestimulação quanto na coleta para o biofeedback, o profissional pode utilizar e/ou indicar a mesma sonda, a PelviFit Lite. Sem dúvida, esse é um ótimo exemplo de sonda versátil para diversos tratamentos do assoalho pélvico.
A PelviFit Lite é uma sonda descartável e comercializada em pacote de 10 unidades.
A sonda é introduzida e, assim que o músculo do assoalho pélvico se contrai ao redor dela, a atividade elétrica é capturada pelo equipamento de eletromiografia e mostrada em um monitor. O resultado pode ser dado por meio de sinais sonoros, como bips, e/ou visuais, com gráficos que mostram à paciente a intensidade com que ela realiza a contração e quanto tempo o movimento dura.
Os dados são precisos, fornecendo a atividade elétrica do músculo (em microvolts), o tempo e o tipo de contração (crescente, decrescente ou constante) exatos. Assim, a mulher entende o que é uma contração e um relaxamento adequados e o que acontece com seu corpo quando realiza esses dois movimentos adequadamente.
Benefícios práticos do biofeedback via sonda
Com o biofeedback é possível perceber se uma musculatura é hiperativa, e a sonda vaginal, por sua vez, possibilita à mulher aprender a fazer esse músculo relaxar. Em suma, a técnica serve para determinar qual o tratamento adequado para cada situação, de modo que o profissional utilize a sonda para realizar terapia em si.
Contudo, lembre-se de que o biofeedback não fortalece diretamente a musculatura. Para isso, são necessários exercícios com o auxílio e a supervisão de um fisioterapeuta pélvico. Afinal, tanto o biofeedback quanto a eletroterapia ensinam como é a contração para as mulheres incapazes de contrair a MAP satisfatoriamente, mas não deixam o músculo mais forte.
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Dispositivos complementares
Com design anatômico, os educadores perineais, como a PelviFit Trainer, são dispositivos ideais para complementar os exercícios realizados com as sondas intracavitárias para eletroestimulação e eletromiografia.
Isso porque, em uma das extremidades da PelviFit Trainer, há uma antena — responsável pelo biofeedback visual — que fica visível para a paciente quando ocorrer a introdução do educador no canal vaginal.
Ao realizar os exercícios, a paciente contrai a MAP, fazendo com que a antena mova-se para baixo, indicando uma contração correta. Se a antena subir, a contração está errada, e a paciente pode ajustar o exercício em tempo real.
Com esse recurso, o profissional consegue prescrever exercícios de forma mais eficiente para que os pacientes possam realizá-los em casa. Assim, eles mantêm a continuidade dos exercícios iniciados na clínica, mas agora com instruções que ajudam a monitorar a execução correta dos movimentos.
✓ Conheça também:
- PelviFit Trainer PRO – dispositivo educador vaginal com pesos progressivos
- PelviFit Trainer Plus – dispositivo educador vaginal com eletrodos para eletromiografia e eletroestimulação
Atuação da sonda vaginal nos problemas de incontinência
Estima-se que o risco de apresentar incontinência urinária durante a vida seja de 40%. Entre as possíveis causas do problema estão a atrofia dos músculos e dos tecidos, bem como o declínio funcional dos sistemas nervoso e circulatório. Dessa maneira, com a utilização dos estímulos elétricos, ocorre a ativação dos circuitos neurológicos, fazendo com que as fibras musculares responsáveis por evitar a saída involuntária da urina atuem corretamente.
Certamente, a maneira mais eficiente de realizar esse estímulo é por meio da sonda vaginal, de acordo com os especialistas Dominique Grosse e Jean Sengler, em seu livro Reeducação Perineal. Segundo os autores, as respostas são melhores quando a paciente utiliza o suprimento, pois ele fica mais próximo ao nervo pudendo, responsável pela sensibilidade do períneo.
A incontinência é um dos problemas mais comuns tratados desta forma, mas a mesma estimulação pode ser terapêutica para outros distúrbios. Em resumo, os principais exemplos são as dores pélvicas e disfunções sexuais (dor durante a relação, perda de desejo e de excitação).
Como você pode perceber, a sonda vaginal é uma grande aliada ao tratamento de doenças que afligem o assoalho pélvico. Altamente sensível à atividade do MAP, o aparelho permite à paciente treinar os músculos com eficiência, com maior controle sobre o movimento, o tipo de contração e sua duração.
Os resultados de terapias que utilizam a sonda são mais notáveis do que aqueles obtidos com a reeducação manual. Logo, em consequência da precisão dos dados, os tratamentos tendem a ficar mais curtos e as avaliações do antes e do depois, mais exatas.
Entendeu mais sobre a sonda vaginal, seu funcionamento e utilidade à fisioterapia pélvica? Você também pode aprender mais a esse respeito acessando esta página sobre avaliação e tratamento por eletromiografia e biofeedback.
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