Entenda o impacto e os cuidados com o Coronavírus nas clínicas de fisioterapia

30/04/2020   POR MIOTEC - CONECTANDO TECNOLOGIA AO MOVIMENTO HUMANO

Há décadas uma pandemia não mudava nossa rotina tão profundamente como a do Coronavírus (COVID-19). Com previsão de se arrastar por meses, ela conseguiu fechar lojas, shoppings e até consultórios privados. A fisioterapia tem uma subespecialidade que é impactada diretamente pelo patógeno: a fisioterapia respiratória. No entanto, você já se perguntou como as outras especialidades serão afetadas?

Muito se fala sobre a sobrecarga que o Coronavírus pode causar em hospitais e unidades de pronto atendimento. Apesar disso, todas as frentes de atendimento da saúde serão afetadas, dada a nova dinâmica que a pandemia requer.

É importante frisar que, em um momento tão incerto, várias são as dúvidas e as estratégias que podem ser adotadas. No entanto, em alguns aspectos, é possível prever o comportamento da pandemia e atuar preventivamente. Continue lendo para saber mais!

Devo fechar minha clínica?

A motivação do isolamento social, em qualquer ambiente, é diminuir o contágio da pandemia. Popularmente, essa estratégia está sendo chamada de “achatar a curva”, para evitar um pico abrupto de infecções. Nesse cenário, um número muito grande de pessoas necessitaria de auxílio médico e as redes de saúde — sejam públicas ou privadas — não dariam conta de atendê-las e entraria em colapso.

No entanto, a obrigatoriedade de suspensão das atividades de consultórios particulares ainda é um tema controverso, variando conforme o estado e o município: em São Paulo, por exemplo, o CREFITO recomendou o reagendamento de pacientes em grupo de risco. Estágios de fisioterapia e terapia ocupacional, por ora, também devem ser suspensos. A suspensão total das atividades eletivas, no entanto, ainda não é obrigatória na maioria das cidades.

Por isso, para responder definitivamente a essa pergunta, é necessário consultar o conselho regional de sua região ou a legislação vigente do município ou estado. Vale a pena se manter sempre por dentro das orientações específicas do COFFITO sobre o Coronavírus.

Como me adaptar à pandemia do Coronavírus?

O atendimento durante a pandemia deve seguir alguns cuidados específicos. Mesmo que você opte por suspender as consultas eletivas, uma hora vai retomá-las — e, provavelmente, ainda haverá alguns casos do Coronavírus. A seguir, abordaremos os principais tópicos de atenção que você deve ter, com base nas orientações do COFFITO. Confira!

Proteção pessoal

O primeiro ponto ao qual você deve se atentar é a proteção individual. A fisioterapia é, classicamente, uma área em que o profissional trabalha em contato estreito com o paciente. Por isso, não subestime os possíveis casos — mesmo assintomáticos — e invista nos EPIs disponíveis. Para o Coronavírus, máscaras e luvas são elementos essenciais do atendimento.

Caso você realize atendimentos domiciliares, o cuidado deve ser redobrado. Não esqueça do EPI e lembre-se dos 5 momentos de higienização das mãos: antes do contato com o paciente, antes e depois da realização do procedimento, e após o contato com o paciente ou áreas próximas.

Higienização do consultório

Um momento de pandemia também requer maior atenção à higiene global, seja do espaço físico da sua clínica ou dos próprios pacientes. Por isso, é uma boa prática disponibilizar álcool gel em locais visíveis do consultório. Água e sabão têm eficácia similar, principalmente se a higienização seguir o método correto. Vale a pena deixar orientações visíveis sobre esse método, educando os pacientes de sua clínica.

Em relação ao cotidiano, a higiene também deverá ser recrutada em diversos momentos: antes do contato com o paciente todos os equipamentos devem ser higienizados, por exemplo. Outra recomendação é não compartilhar equipamentos utilizados no atendimento e evitar o uso do celular.

Distanciamento pessoal

Em alguns casos, a proximidade do fisioterapeuta com o paciente é imprescindível. Para eles, o uso de EPI pode minimizar as chances de contágio e proteger tanto você quanto seu paciente. No entanto, em todas as outras situações é recomendável manter cerca de dois metros de distância entre as pessoas: acredita-se que seja essa a distância que o vírus pode percorrer na transmissão respiratória.

Uma boa estratégia para seguir essa orientação é espaçar, por exemplo, as cadeiras da sua sala de espera. Você também pode instalar barreiras físicas de vidro entre a secretaria e o paciente, possibilitando um atendimento seguro.

Realocação de consultas

É provavelmente inevitável que sua agenda fique intocada durante a pandemia. Além da recomendação do COFFITO de reagendamento das consultas de pacientes de risco, há uma chance maior de cancelamento dos próprios pacientes.

Por outro lado, após a pandemia, espera-se que a demanda pelos serviços fisioterápicos aumente; afinal, os pacientes que ficaram desacompanhados durante ela precisarão retomar suas consultas. Além disso, a população tende a ficar em casa por mais tempo, o que piora o sedentarismo e amplia os sintomas de algumas doenças, como a osteoartrose ou a dor pélvica crônica.

Uma boa estratégia para organizar essa fila é entrar em contato com os pacientes e questionar o desejo deles em relação ao acompanhamento. Assim, você individualiza os casos e consegue prever possíveis cancelamentos, realocando os pacientes corretamente.

Uso da tecnologia

Para o atendimento remoto, a tecnologia pode ajudar. Em caráter emergencial, por exemplo, a telemedicina já foi aprovada pelo parlamento. É esperado que, nos próximos meses, o atendimento remoto aumente em importância e contingência em todo o país. Na área da fisioterapia isso significa se adaptar às tecnologias disponíveis — e autorizadas — para não deixar seus pacientes desassistidos.

O que esperar dos próximos meses em relação ao Coronavírus?

Como mencionamos, o impacto da pandemia no futuro da fisioterapia ainda é incerto. Embora as projeções especulem um fim em poucos meses, podemos esperar uma mudança definitiva em alguns hábitos da população. Podemos tomar como exemplo a epidemia pelo Influenza H1N1, que disseminou a prática de higienização constante pelo álcool em gel.

Os maiores efeitos nos consultórios de fisioterapia provavelmente serão na adequação às normas dos conselhos, prefeituras e estados. Novos padrões de higiene, distanciamento pessoal e uso de EPI certamente serão solicitados.

Além disso, a orientação atual de isolamento social torna o agendamento de consultas mais turbulento. Pacientes idosos, por exemplo, provavelmente se beneficiarão com o adiamento de suas consultas; o índice de cancelamentos abruptos também pode subir, tornando sua secretaria mais agitada. Por outro lado, a redução do hábito de atividade física também poderá, no futuro, aumentar a prevalência de doenças que requeiram a fisioterapia.

A nova pandemia trouxe, pelo Coronavírus, demandas inéditas e urgentes para todos os profissionais da saúde, incluindo os fisioterapeutas. Nesse momento, agir com calma, atualização e prevenção é a melhor maneira de prever os impactos da doença — e se adiantar a eles, otimizando sua resposta à crise e melhorando ainda mais sua clínica.

Se você se beneficiou dessas dicas, certamente seus amigos e colegas de trabalho também gostarão de saber delas. Enquanto isso, é importante mencionar que a tecnologia tem um papel importantíssimo para dar continuidade aos tratamentos, mesmo estando em casa. A Miotec já pensa no atendimento domiciliar há algum tempo, e inclusive já conta com alguns produtos que podem ser utilizados em casa como parte do tratamento.

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