Saiba como trabalhar o fortalecimento do assoalho pélvico da terceira idade e proporcionar mais resultados de saúde e qualidade de vida
A população brasileira está envelhecendo. E mais rápido do que se pode imaginar. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que em apenas dez anos, o número de pessoas com 60 anos ou mais passou de 11,3% para 14,7% da população, o que representa um aumento de cerca de 9 milhões de idosos.
Esse é um público que requer ainda mais cuidado com a saúde. Isso porque a terceira idade é a população que mais sofre com os transtornos urinários, os quais podem ser prevenidos com o fortalecimento do assoalho pélvico. O envelhecimento gera um processo de perda de massa muscular generalizada, o que atinge também os músculos dessa região.
Além disso, os idosos podem sofrer com outras condições passíveis de gerar lesões no períneo, contribuindo para a fraqueza e a falta de controle muscular. As disfunções podem causar uma série de transtornos, como a incontinência e o gotejamento urinário, maior predisposição a infecções do trato urinário e sensação de bexiga constantemente cheia.
Quer saber mais sobre o assunto, quais são os desafios para o fortalecimento do assoalho pélvico em idosos e descobrir como a tecnologia é uma forte aliada no tratamento de distúrbios? Então continue a leitura e confira!
Por que trabalhar o fortalecimento do assoalho pélvico?
O enfraquecimento do assoalho pélvico tem um impacto tanto na saúde física quanto psicológica do idoso, podendo levá-lo a se isolar e evitar situações embaraçosas, como reclamações de mau cheiro ou por ter a calça molhada de urina.
Portanto, deve haver uma grande ênfase na prevenção, o que pode ser feito com o fortalecimento da musculatura. No entanto, há vários desafios, pois não é tão fácil trabalhar as áreas mais internas do corpo com a fisioterapia.
Como os tratamentos têm evoluído?
Os tratamentos para fortalecer o assoalho pélvico envolvem principalmente a fisioterapia. Entretanto, há uma diversidade de outras possibilidades, e falaremos sobre algumas delas a seguir:
Cinesioterapia
Essa é uma abordagem terapêutica que se concentra no uso de exercícios e movimentos físicos para tratar diversas condições médicas, reabilitar lesões ou melhorar a função física do paciente, sendo necessário somente o treinamento com o profissional.
Na fisioterapia pélvica, o principal objetivo da cinesioterapia é o fortalecimento muscular de forma a evitar tratamentos medicamentosos ou cirúrgicos.
A partir das técnicas, o paciente faz várias séries e repetições de exercícios perineais, que envolvem as regiões abdominais, glúteas e adutoras da coxa, sem nenhum tipo de equipamento tecnológico.
Medicamentos
Também é possível que o paciente tome alguns medicamentos que aumentem a tonificação dos músculos pélvicos por via farmacológica. No entanto, a terapia medicamentosa apresenta muito mais efeitos colaterais, sendo apenas uma segunda opção de tratamento.
São várias as possibilidades de recursos, como:
- estrogênio, um hormônio feminino, o qual, em baixas doses, estimula o tônus da pelve. Deve ser evitado em homens e em pessoas com risco de distúrbios da coagulação;
- imipramina e duloxetina, que são antidepressivos com uma ação direta sobre a musculatura pélvica;
- oxibutinina (Retemic, Incontinol), Cloreto de tróspio (Spasmoplex), Solifenacina (Vesicare), Darifenacina (Fenazic), que melhoram a contração do esfíncter da uretra, mas causam efeitos colaterais significativos, como boca seca, tontura e confusão.
Devido a esses problemas, evita-se bastante a terapia farmacológica em idosos, visto que as alterações aumentam a probabilidade de acidente e reduzem a qualidade de vida.
Por que utilizar o biofeedback com sondas anais e vaginais?
Uma das grandes limitações da fisioterapia era a dificuldade de saber se o idoso estava executando os exercícios corretamente. Então, foi desenvolvida uma tecnologia, a eletromiografia, que verifica a força de contração, a elasticidade e outros parâmetros musculares. Assim, é possível ter um registro detalhado sobre os movimentos dos músculos pélvicos.
No entanto, antigamente, a eletromiografia só era utilizada para ter um diagnóstico mais preciso. Com o surgimento do biofeedback, ela se torna parte do tratamento. Nele, os resultados do exame são simplificados e projetados em uma tela. O fisioterapeuta, por sua vez, ajuda o paciente a interpretar e compreender aquelas informações.
Então, o profissional ensina o idoso a fazer os exercícios de fortalecimento e mostra como eles influenciam nas ondas da eletromiografia. Assim, deve-se sempre praticar os exercícios com o feedback da tela e, dessa forma, conseguir, ao máximo, manter as ondas certas na tela.
O tratamento com telas lúdicas é como uma espécie de jogo, no qual o paciente pontua à medida que faz as séries e repetições corretamente.
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Tecnologias aliadas ao tratamento
Para melhorar a precisão e o conforto do paciente, a Miotec possui um sistema de eletromiografia e biofeedback com sondas anais e vaginais para tratar as afecções do assoalho pélvico dos idosos, promovendo uma abordagem mais eficiente e personalizada na reabilitação e cuidado com a saúde dessa população.
A empresa possui em seu catálogo uma variedade de sondas educadoras anatômicas. São produtos cuidadosamente projetados para as mais diferentes cavidades anal e vaginal, pois o produto precisa ter o máximo contato com a musculatura do paciente e, ao mesmo tempo, proporcionar conforto e facilidade de uso.
Confira a lista de sondas intracavitárias da Miotec:
Conclusão
Com essas informações, dicas e orientações e auxílio da tecnologia, é possível proporcionar muito mais saúde e bem-estar para o público da terceira idade. O fortalecimento do assoalho pélvico é uma medida relativamente simples, que pode evitar a necessidade de cirurgia e o uso de medicamentos adicionais.
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