Desde infecção urinária até feridas na pele, como escaras de decúbito e afecções pulmonares, as patologias que pacientes acamados internados há muito tempo podem desenvolver, são diversas. Essas enfermidades, aliás, podem comprometer várias partes do corpo devido a procedimentos, medicamentos e exposição ao ambiente hospitalar.

Por isso, neste artigo, vamos explicar os motivos que levam ao surgimento das patologias em pessoas acamadas, quais são as mais frequentes, bem como os tratamentos adotados e como os avanços tecnológicos na fisioterapia podem auxiliar na reabilitação desses casos. Continue a leitura para saber mais!

Por que os pacientes acamados são afetados por diversas patologias?

Algumas das principais patologias que ocorrem com mais frequência em pacientes acamados têm relação direta com o enfraquecimento muscular. Por certo, essa condição ocorre devido à falta de movimentos por longos períodos.

Além disso, o contato com o ambiente hospitalar, medicamentos e procedimentos como a intubação, que pode causar disfagias orofaríngeas, são fatores os quais também contribuem para a ocorrência de patologias.

Nesse sentido, um período de 7 a 14 dias de internação hospitalar já é considerado longo, podendo levar a graves consequências por permanecer deitado, sem atividade física e em contato com bactérias hospitalares. Veja, a seguir, algumas enfermidades que podem surgir ou mesmo se agravar.

Quais são as principais patologias que podem ocorrer com pacientes acamados?

Além de ser a principal alteração que ocorre com todos os pacientes com longo período de repouso, o enfraquecimento dos músculos gera várias disfunções, como feridas na pele, de difícil tratamento, além de problemas respiratórios, incontinência urinária e constipação intestinal.

Enfraquecimento dos músculos e rigidez nas articulações

Sobretudo, a falta de movimento do corpo por um tempo prolongado faz com que os músculos fiquem enfraquecidos e atrofiados. Além disso, as articulações e tecidos que os circundam, como ligamentos e tendões, ficam enrijecidos. Dessa forma, gradativamente, os músculos podem se encurtar de maneira permanente e as articulações podem ficar curvas, provocando uma contratura.

Em suma, as musculaturas que mais enfraquecem são a do pescoço, abdômen, coxas, panturrilhas, região lombar e glúteos. Estima-se que após uma semana na cama, há uma perda de 20% da força muscular. Após 3 a 5 semanas na posição deitada, a perda pode ser de até 50%.

Essas alterações também afetam os nervos, interferindo no equilíbrio e na coordenação e aumentando a probabilidade de quedas após a pessoa sair da cama. Esse processo de enfraquecimento muscular ocorre mais rapidamente em idosos pelo fato de já apresentarem um declínio natural pelo envelhecimento.

Desmineralização dos ossos

Os pacientes que ficam muito dias acamados também sofrem com a perda densidade mineral dos ossos, principalmente nas pernas. Isso ocorre devido à falta de esforço dos músculos contra a gravidade, que só ocorre quando estamos em pé. É por esse motivo que os astronautas necessitam de cadeira de rodas quando voltam de uma viagem espacial.

Úlceras de decúbito

Ficar muito tempo deitado gera pressões nos pontos de atrito da pele com a cama, como cotovelos, parte inferior das costas, cóccix, calcanhares e quadris. Dessa forma, a pressão interfere na circulação sanguínea, cortando o suprimento de sangue. Logo, quando isso ocorre por um longo período, o tecido se rompe, resultando em uma úlcera de decúbito (úlcera por pressão).

É importante observar que esse tipo de úlcera pode começar a se formar em apenas duas horas, sendo mais frequente em pessoas que apresentam as seguintes condições:

Em alguns casos, as úlceras por pressão são graves e provocam infecções que podem se espalhar pela corrente sanguínea, levando à septicemia (ou sepse). Por isso, é muito importante que enfermeiros ou cuidadores mudem a posição do paciente na cama e utilizem acessórios que ajudam a distribuir melhor o peso do corpo.

Constipação

Quando o paciente fica muito tempo acamado, toda a musculatura do corpo enfraquece, inclusive a responsável pelos movimentos peristálticos. Ademais, a posição deitada também desfavorece o funcionamento intestinal, pois as fezes se movem de maneira mais lenta pelos intestinos e pelo reto para serem excretadas, provocando a constipação.

Tromboses e embolias

Assim como os músculos, o sistema cardiovascular funciona melhor quando a pessoa se encontra na posição em pé, atuando contra a força da gravidade. Desse modo, quando passamos muito tempo deitados o coração bate mais rápido, mas o volume de sangue bombeado é menor. Além disso, ele fica mais grosso, aumentando o risco de coágulos que podem provocar trombose nas pernas ou embolia pulmonar.

Complicações pulmonares

O fato de a musculatura estar em repouso também impede a sua ação nos pulmões para expelir o excesso de fluidos que se formam em seu interior. Sendo assim, a posição deitada também dificulta os movimentos respiratórios, reduzindo a capacidade de reações naturais, como a tosse, para expulsar mucos e partículas nocivas.

Por esse motivo, o paciente acamado por longo período tem maior probabilidade de desenvolver pneumonias e atelectasia, que se refere a um colapso do tecido pulmonar com a perda de volume. Nesse caso, a pessoa pode ser acometida por dispneia ou insuficiência respiratória.

Conheça as patologias que pacientes acamados internados há muito tempo podem desenvolver

As principais patologias que podem ocorrer com pacientes acamados

Abaixo, veja o resumo das principais patologias que podem surgir em indivíduos acamados, bem como doenças por ficar internado:

Como tratar as patologias em pacientes acamados?

Em geral, as patologias provocadas por imobilidade necessitam de uma avaliação muscular e fisioterapia visando a rápida recuperação da mobilidade do paciente. Para isso, podem ser utilizadas técnicas fisioterápicas, como a fisioterapia respiratória, bem como aparelhos com tecnologia de ponta que possibilitam a avaliação e identificação precisa do músculo que necessita ser trabalhado, além da terapia mais indicada para o seu fortalecimento.

Nesse sentido, o uso do urofluxômetro é indicado para o tratamento da incontinência urinária, assim como o biotrainer e a eletromiografia que ajudam na recuperação da patologia.

Em quanto tempo uma pessoa acamada volta a andar?

Certamente, o período necessário para que o paciente volte a caminhar varia de acordo com sua situação clínica e quadro de saúde geral. Logo, é essencial contar com a ajuda de profissionais, como médicos e fisioterapeutas, para que – após exames e avaliações – as possibilidades sejam aferidas e, quando possível, os melhores tratamentos sejam indicados.

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Como a tecnologia ajuda a tratar as patologias?

Certamente, os avanços tecnológicos beneficiaram muito o tratamento de diversas patologias que acometem pacientes acamados, principalmente na área de estímulos para o fortalecimento e reabilitação muscular.

A eletromiografia, por exemplo, possibilita verificar e quantificar a atividade dos músculos, com base em informações captadas por meio de estímulos eletromiográficos, medidos em microvolt. Essa tecnologia permite identificar:

Dessa forma, aparelhos de eletromiografia como o  New Miotool da Miotec, tornam a fisioterapia prática e funcional. Sem dúvida, trata-se de um equipamento ideal para atendimentos clínicos e realização de pesquisas, pois, além de permitir a utilização de sensores EMG, também possibilita o uso de diversos acessórios como:

Portanto, como vimos, há diversas patologias que pacientes que ficaram internados muito tempo podem desenvolver. Certamente, as que ocorrem com mais frequência são provocadas pelo enfraquecimento muscular, devido ao longo tempo de imobilidade. Nesse sentido, a tecnologia é uma grande aliada para avaliação, recuperação da mobilidade e melhoria da qualidade de vida.

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Com a ajuda de técnicas, a fisioterapia respiratória ajuda a recuperar e prevenir disfunções relacionadas ao processo de respiração. Conheça!

Você sabe o que é fisioterapia respiratória? Pois bem, conhecer esse conceito é fundamental, tendo em vista que os problemas respiratórios tendem a aumentar durante as estações do outono e inverno. De acordo com dados da Fio Cruz, em pelo menos 5 estados brasileiros, os casos graves de doenças respiratórias aumentaram no ano de 2024.

A fisioterapia respiratória, por sua vez, tem o papel de recuperar e prevenir disfunções relacionadas ao processo de respiração. Com o conjunto de técnicas realizadas, essa prática ajudará a promover a máxima qualidade de vida das pessoas que sofrem com esse problema, melhorando a funcionalidade do aparelho respiratório.

Quer saber mais sobre essa técnica que ajuda as pessoas a terem uma saúde melhor, aumentando o seu bem-estar? Então continue a leitura para entender seus objetivos e benefícios!

Objetivos da fisioterapia respiratória

Como dito, o objetivo da fisioterapia respiratória é prevenir e tratar as doenças do sistema respiratório.

Por meio dessa técnica será possível melhorar a distribuição de oxigênio para o corpo todo. Dessa forma, as vias respiratórias serão desobstruídas das secreções e, com isso, a capacidade ventilatória do pulmão aumentará.

Consequentemente, doenças como atelectasia e pneumonia não farão mais parte da vida do paciente depois que ele seguir à risca os tratamentos da fisioterapia respiratória. Dessa forma, sua saúde e bem-estar melhorarão muito.

Fisioterapia respiratória infantil

A fisioterapia respiratória infantil é essencial para o tratamento e a prevenção de doenças respiratórias em crianças, especialmente aquelas que ainda estão em fase de desenvolvimento pulmonar. Nesse sentido, as técnicas são adaptadas para atender às necessidades específicas dos pequenos, considerando suas particularidades anatômicas e fisiológicas.

Crianças com doenças como bronquiolite, asma, e fibrose cística, por exemplo, beneficiam-se significativamente desse tipo de tratamento. Afinal, a fisioterapia ajuda a desobstruir as vias aéreas, melhorar a ventilação pulmonar e também a prevenir complicações respiratórias. Além disso, ela contribui para o fortalecimento dos músculos respiratórios, promovendo uma respiração mais eficiente e melhorando a qualidade de vida da criança.

No geral, para que aumentem a eficiência do tratamento, os fisioterapeutas utilizam métodos lúdicos e menos invasivos para garantir que as sessões sejam eficazes e confortáveis, respeitando o tempo e a condição física de cada criança.

Como fazer fisioterapia respiratória?

A fisioterapia respiratória é geralmente realizada por fisioterapeutas especializados, que avaliam a condição do paciente e adaptam as técnicas conforme suas necessidades. Na prática, ela pode ser realizada em ambiente hospitalar, ambulatorial, no consultório ou mesmo em casa, dependendo das necessidades do paciente.

 

Conheça os benefícios da fisioterapia respiratória para ampliar a qualidade de vida!

Paciente realizando fisioterapia respiratória (imagem ilustrativa)

 

Conheça algumas das principais técnicas utilizadas na fisioterapia pulmonar (respiratória):

  1. Drenagem Postural: o profissional posiciona o paciente de forma que a gravidade ajude a drenar as secreções dos pulmões para as vias aéreas superiores, assim facilitando a expectoração.
  2. Técnicas de Expansão Pulmonar: incluem exercícios que incentivam a respiração profunda, como a inspiração fracionada e o uso de incentivadores respiratórios, com o objetivo de aumentar a capacidade pulmonar e prevenir atelectasias (colapso de parte do pulmão).
  3. Técnicas de Desobstrução Brônquica: essencialmente, a tosse assistida, vibração e compressão torácica, bem como a técnica de expiração forçada (também conhecida como huffing). Essas técnicas ajudam a mobilizar e eliminar secreções acumuladas nos pulmões.
  4. Ventilação Não Invasiva (VNI): em alguns casos, pode-se usar dispositivos que auxiliam na ventilação, como o CPAP (Continuous Positive Airway Pressure), para melhorar a oxigenação e a troca gasosa.
  5. Exercícios Respiratórios: esses são exercícios que focam na coordenação entre o movimento do diafragma e a respiração. A respiração diafragmática, por exemplo, ajuda a fortalecer o diafragma e a melhorar a ventilação.
  6. Fisioterapia Motora: inclui exercícios de fortalecimento muscular, especialmente dos músculos respiratórios – como os intercostais e o diafragma –, e também exercícios gerais para melhorar a mobilidade e resistência física do paciente.
  7. Cinesioterapia Respiratória: combina exercícios respiratórios com movimentos corporais, incentivando a mobilização das secreções e a melhora da função respiratória.

Benefícios proporcionados ao bem-estar do paciente

Em suma, a fisioterapia respiratória proporcionará ao paciente a oportunidade de ter uma vida melhor, e isso se deve aos benefícios que a técnica oferece. Confira os principais deles.

Aumento da resistência respiratória

A resistência respiratória é responsável por suportar a fadiga nos esforços realizados com longa duração e intensidade moderada.

Por meio da fisioterapia respiratória é possível aumentar a capacidade que os pulmões têm de fazer o transporte adequado do oxigênio para o sangue e demais nutrientes para os tecidos. Dessa forma, o paciente conseguirá realizar suas atividades físicas diárias sem correr o risco de se sentir mal pela falta de ar.

Diminuição da fadiga

A prática de fisioterapia respiratória também auxiliará na redução da fadiga. Isso acontece porque, como explicamos no tópico anterior, tal prática fortalece a resistência da respiração, proporcionando ao indivíduo mais disposição para realizar suas atividades físicas e demais trabalhos rotineiros.

Melhora da mobilidade da caixa torácica e coluna dorsal

Por restabelecer o padrão respiratório funcional, a fisioterapia consegue diminuir o gasto de energia durante a respiração. Com isso, o paciente melhora sua ventilação e, consequentemente, elimina suas secreções, facilitando as trocas gasosas que ajudam a melhorar a mobilidade da caixa torácica.

Os problemas com a coluna dorsal também podem ser reduzidos com a técnica. Isso porque ela ajuda a exercitar a resistência e o movimento do músculo (conhecido como transverso do abdômen), localizado desde o umbigo até a região da coluna, que é responsável por nos oferecer estabilidade.

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A fisioterapia respiratória no contexto da Covid-19

De 11 de março de 2020 a maio de 2023 o mundo vivenciou oficialmente uma pandemia pela Covid-19. O assunto notório, amplamente divulgado pelos veículos de comunicação, levantou a demanda para a atuação em diversas áreas — e a fisioterapia é uma delas.

Afinal, a insuficiência respiratória é a principal causa de morbimortalidade da doença, sendo considerada a principal causa de morte da Covid-19, ao lado do choque séptico. Não à toa, no ponto mais crítico, a principal demanda da infecção pelo coronavírus foi a de leitos de UTI e respiradores, dado o seu impacto respiratório.

Por isso, selecionamos os principais contextos em que essa e outras doenças demandam cuidados específicos do fisioterapeuta respiratório. Você perceberá que a atualização desse profissional é muito maior do que apenas ajustar aparelhos respiratórios durante a internação. Confira a seguir.

Ambiente intra-hospitalar

O contexto intra-hospitalar é um dos principais cenários de prática do fisioterapeuta respiratório. Este é responsável não apenas por ajustar os parâmetros do respirador, mas também por assistir diversos procedimentos no hospital. Aspiração de vias aéreas, cuidado com o tubo orotraqueal e suspeição de complicações fazem parte de sua rotina.

Além disso, o fisioterapeuta também tem um papel fundamental na recuperação da função pulmonar do paciente: após dias entubado, ele pode sofrer com hipotrofia da musculatura respiratória e precisar de auxílio após a extubação. Nesse momento, será essencial um acompanhamento estreito do paciente para devolvê-lo sua função respiratória.

Acompanhamento domiciliar

Embora o hospital seja o “protótipo” da atuação do fisioterapeuta respiratório, ele não é o seu único cenário de atuação, já que muitos pacientes com distúrbios respiratórios não necessitam de internação. No entanto, esses pacientes podem necessitar de otimização da função respiratória para evitar a deterioração e a necessidade de uma futura hospitalização.

Para esses pacientes — especialmente já antigos de seu consultório — pode ser necessário o acompanhamento domiciliar do fisioterapeuta. Nele, o paciente deve ser instruído aos exercícios necessários para a fisioterapia. Ademais, também será necessário observar os parâmetros vitais e manter a suspeição elevada para a insuficiência respiratória.

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Fisioterapia Respiratória após a pandemia

O coronavírus não preocupava apenas pela sobrecarga do sistema de saúde durante a pandemia. Isso porque também havia uma grande preocupação com o período posterior, devido às complicações da Covid-19 e de outras doenças. Afinal, durante a sua duração oficial (de 2020 a 2023), instituições e seus responsáveis adiaram cirurgias eletivas, além de haver um grande receio quanto ao comparecimento ao PA — o que, invariavelmente, piorou o quadro clínico de outras doenças crônicas.

Por isso, no momento pós-pandemia a previsão de que o fisioterapeuta respiratório fosse altamente demandado acabou se cumprindo. Dessa forma, os profissionais puderam auxiliar na recuperação da função respiratória dos pacientes que contraíram a doença, além de problemas relacionados a outras enfermidades e condições.

Por esses motivos, consideramos esse especialista extremamente útil antes, durante e após possíveis hospitalizações por conta da Covid-19, mesmo após o fim da pandemia, o que se estende a outras doenças que afetam o sistema respiratório. Nesse contexto, a especialização será fundamental aos profissionais que desejam se aprofundar na fisioterapia respiratória, dada a sua alta relevância no mercado.

Pois bem, agora você sabe como a fisioterapia respiratória pode mudar a vida de um paciente que sofre dores constantes. Sendo assim, poder disponibilizar esse tipo de solução às pessoas que procuram o seu consultório é fundamental para se destacar no mercado. Na prática, tanto pandemias quanto contextos em que a carga viral se eleva – devido à mudança de estações e a fatores climáticos diversos – aumentam a demanda por esse tipo de profissional, algo que pode perdurar ainda por meses ou anos a depender das circunstâncias. Portanto, se essa é sua área de atuação, especialize-se cada vez mais e faça a diferença na vida de seus pacientes!

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Você sabe o que é uma sonda vaginal? Entenda aqui a diferença entre elas e para quais tratamentos e situações devem ser utilizadas. Descubra agora!

Não são raros os casos de mulheres com dificuldade em controlar os músculos do assoalho pélvico (MAPs) adequadamente. Por isso, para evitar problemas causados por essa deficiência, como a incontinência urinária, tratamentos com estimulação elétrica e biofeedback ganham cada vez mais espaço. Nesse sentido, a sonda vaginal é uma muito bem-vinda aliada na obtenção de bons resultados.

As primeiras sondas surgiram nos anos 70, porém, com o decorrer das décadas, evoluíram tecnologicamente, propiciando terapias mais eficazes e precisas do que as técnicas tradicionais. Neste artigo, afinal, vamos explicar o que é, para que serve e como funciona este dispositivo.

O que é a sonda vaginal?

A sonda vaginal é um suprimento que pode ser utilizado para captar os sinais de eletromiografia e de biofeedback ou para estimular a musculatura perineal. Com diferentes tamanhos e modelos, ela é também chamada de sonda uroginecológica ou eletrodo intracavitário (anal ou vaginal) e possui uma placa metálica em sua constituição. Dessa forma, uma vez introduzida no corpo da paciente, realiza o contato com a musculatura e permite a captação do sinal eletromiográfico ou o estímulo elétrico na região, a depender do equipamento utilizado.

Ela é usada para dar suporte à educação do MAP, uma vez que fornece, tanto à paciente quanto ao profissional, informações precisas sobre o modo como os músculos estão trabalhando. As principais indicações da sonda vaginal são para os tratamentos de incontinência urinária, incontinência fecal e reeducação neuromuscular. No entanto, ela é também eficaz para controlar outras das demais doenças que atingem o assoalho pélvico.

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Como a sonda vaginal funciona?

O objetivo de seu uso é, sobretudo, ensinar às mulheres a forma correta de usar a musculatura do assoalho pélvico. Para isso, a sonda vaginal funciona como um complemento tanto para avaliações, por meio da eletromiografia, quanto para tratamentos com biofeedback ou eletroestimulação. Na prática, sua utilização vai variar de acordo com a técnica e o objetivo aplicados.

Na avaliação com eletromiografia

A sonda é conectada a um dispositivo de eletromiografia cuja taxa de amostragem mínima é de 1000 Hz.  Essa tecnologia mede a atividade em microvolts e permite identificar se a musculatura está ativa e se vai responder bem ao exercício proposto pela fisioterapia pélvica.

A avaliação identifica, por exemplo, se as fibras ativadas são as corretas, se a ativação é imediata ou atrasada e se o músculo volta ao lugar no momento do relaxamento. Com base nesses dados, é possível traçar metas e objetivos de tratamento, determinar a frequência da estimulação e, inclusive, definir terapias por biofeedback.

No tratamento com eletroestimulação

Neste caso, utiliza-se a corrente elétrica de baixa voltagem. A princípio, a sonda – já no corpo – dá pequenos choques no músculo do assoalho pélvico, fazendo com que ele se contraia independentemente da vontade da paciente. Assim, é possível avaliar se o movimento do músculo está correto.

Essa contração não atua diretamente no fortalecimento do músculo, mas fornece um estímulo proprioceptivo fundamental para a mulher que não sabe como contrair o MAP. Com isso, ela reconhece a localização do músculo, a forma como ele trabalha e sua relação com as demais funções do corpo.

Além disso, outro efeito é a redução da hiperatividade da bexiga, causada por um comportamento anormal do músculo detrusor. Assim, a eletroestimulação ajuda a controlar o movimento involuntário do músculo, evitando que a paciente elimine urina fora de hora.

Auxiliando o biofeedback

Como já sabemos, nem sempre a mulher sabe se está contraindo o assoalho pélvico, nem se está fazendo isso corretamente. De tal modo, a sonda vaginal aliada ao biofeedback faz com que a paciente perceba o movimento pélvico, permitindo que ela controle a musculatura, que passa a trabalhar de maneira apropriada.

Tanto na eletroestimulação quanto na coleta para o biofeedback, o profissional pode utilizar e/ou indicar a mesma sonda, a PelviFit Lite. Sem dúvida, esse é um ótimo exemplo de sonda versátil para diversos tratamentos do assoalho pélvico.

Conheça a PelviFit Lite, da Miotec, um dispositivo intracavitário vaginal para contração perineal anatômico pequeno.

A PelviFit Lite é uma sonda descartável e comercializada em pacote de 10 unidades.

A sonda é introduzida e, assim que o músculo do assoalho pélvico se contrai ao redor dela, a atividade elétrica é capturada pelo equipamento de eletromiografia e mostrada em um monitor. O resultado pode ser dado por meio de sinais sonoros, como bips, e/ou visuais, com gráficos que mostram à paciente a intensidade com que ela realiza a contração e quanto tempo o movimento dura.

Os dados são precisos, fornecendo a atividade elétrica do músculo (em microvolts), o tempo e o tipo de contração (crescente, decrescente ou constante) exatos. Assim, a mulher entende o que é uma contração e um relaxamento adequados e o que acontece com seu corpo quando realiza esses dois movimentos adequadamente.

Benefícios práticos do biofeedback via sonda

Com o biofeedback é possível perceber se uma musculatura é hiperativa, e a sonda vaginal, por sua vez, possibilita à mulher aprender a fazer esse músculo relaxar. Em suma, a técnica serve para determinar qual o tratamento adequado para cada situação, de modo que o profissional utilize a sonda para realizar terapia em si.

Contudo, lembre-se de que o biofeedback não fortalece diretamente a musculatura. Para isso, são necessários exercícios com o auxílio e a supervisão de um fisioterapeuta pélvico. Afinal, tanto o biofeedback quanto a eletroterapia ensinam como é a contração para as mulheres incapazes de contrair a MAP satisfatoriamente, mas não deixam o músculo mais forte.

✓ Leia também: Conheça as 7 principais bases de dados em saúde

Dispositivos complementares

Com design anatômico, os educadores perineais, como a PelviFit Trainer, são dispositivos ideais para complementar os exercícios realizados com as sondas intracavitárias para eletroestimulação e eletromiografia. 

Isso porque, em uma das extremidades da PelviFit Trainer, há uma antena — responsável pelo biofeedback visual — que fica visível para a paciente quando ocorrer a introdução do educador no canal vaginal. 

Ao realizar os exercícios, a paciente contrai a MAP, fazendo com que a antena mova-se para baixo, indicando uma contração correta. Se a antena subir, a contração está errada, e a paciente pode ajustar o exercício em tempo real. 

Com esse recurso, o profissional consegue prescrever exercícios de forma mais eficiente para que os pacientes possam realizá-los em casa. Assim, eles mantêm a continuidade dos exercícios iniciados na clínica, mas agora com instruções que ajudam a monitorar a execução correta dos movimentos.

Veja como realizar a Contração Correta da Sonda Vaginal (Dispositivo Intracavitário Vaginal) da Miotec

Contração Correta

Veja como é a Contração Incorreta do Dispositivo Intracavitário Vaginal da Miotec

Contração Incorreta

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Atuação da sonda vaginal nos problemas de incontinência

Estima-se que o risco de apresentar incontinência urinária durante a vida seja de 40%. Entre as possíveis causas do problema estão a atrofia dos músculos e dos tecidos, bem como o declínio funcional dos sistemas nervoso e circulatório. Dessa maneira, com a utilização dos estímulos elétricos, ocorre a ativação dos circuitos neurológicos, fazendo com que as fibras musculares responsáveis por evitar a saída involuntária da urina atuem corretamente.

Certamente, a maneira mais eficiente de realizar esse estímulo é por meio da sonda vaginal, de acordo com os especialistas Dominique Grosse e Jean Sengler, em seu livro Reeducação Perineal. Segundo os autores, as respostas são melhores quando a paciente utiliza o suprimento, pois ele fica mais próximo ao nervo pudendo, responsável pela sensibilidade do períneo.

A incontinência é um dos problemas mais comuns tratados desta forma, mas a mesma estimulação pode ser terapêutica para outros distúrbios. Em resumo, os principais exemplos são as dores pélvicas e disfunções sexuais (dor durante a relação, perda de desejo e de excitação).

Como você pode perceber, a sonda vaginal é uma grande aliada ao tratamento de doenças que afligem o assoalho pélvico. Altamente sensível à atividade do MAP, o aparelho permite à paciente treinar os músculos com eficiência, com maior controle sobre o movimento, o tipo de contração e sua duração.

Os resultados de terapias que utilizam a sonda são mais notáveis do que aqueles obtidos com a reeducação manual. Logo, em consequência da precisão dos dados, os tratamentos tendem a ficar mais curtos e as avaliações do antes e do depois, mais exatas.

Entendeu mais sobre a sonda vaginal, seu funcionamento e utilidade à fisioterapia pélvica? Você também pode aprender mais a esse respeito acessando esta página sobre avaliação e tratamento por eletromiografia e biofeedback.

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A Miotec, líder em inovação e qualidade, está celebrando seus 22 anos com uma novidade exclusiva, que pode revolucionar seu consultório: a MioCase, um novo conjunto de produtos pensado não apenas para facilitar o uso e armazenamento das tecnologias da marca, mas também para transformar o modo como o profissional atende seus pacientes.

A MioCase não é apenas uma maleta; em outras palavras, é um conjunto completo de ferramentas que eleva o padrão dos atendimentos de qualquer profissional. Dessa forma, composta por eletrodos, educadores perineais e treinadores de tonicidade, ela oferece em um só Kit onze diferentes soluções tecnológicas da Miotec.

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MioCase: Versatilidade e Funcionalidade em um só kit

Seja no consultório, na clínica, ou até mesmo em algum atendimento domiciliar, carregar apropriadamente seus equipamentos já é uma necessidade prática. Logo, com a MioCase, o profissional ganha em versatilidade e funcionalidade. Afinal, com o formato de maleta de mão, e um interior completamente preenchido em espuma expandida moldada, ela permite carregar cada um de seus 11 produtos de forma segura e firme, sem risco de quebras ou choques involuntários.

No universo da fisioterapia e da eletromiografia, estar na vanguarda da tecnologia é essencial para oferecer o melhor atendimento possível aos seus pacientes. Por isso, o kit se torna um complemento imprescindível ao New Miotool, já que permite ao fisioterapeuta ter em apenas um lugar todas as soluções necessárias para o seu atendimento.

Lucratividade, qualidade e imagem de excelência

Investir em tecnologia de ponta é, sobretudo, uma maneira comprovada de atrair mais pacientes e valorizar seus serviços. Com o equipamento, o profissional ganha não apenas em versatilidade, mas também na apresentação de seu trabalho, bem como na imagem que associa à sua atuação, utilizando produtos de alta tecnologia e confiabilidade. Isto porque a qualidade dos materiais na MioCase reflete-se diretamente na qualidade do atendimento, e também do profissional, consultório e clínica onde está.

Nesse sentido, ter um kit tão sofisticado não só aumenta a eficácia dos seus tratamentos, mas também demonstra aos seus pacientes o comprometimento com a excelência. Em suma, a apresentação dos equipamentos, em conjunto com o New Miotool, cria uma imagem de profissionalismo e inovação que impressiona e, sem dúvida, gera confiança.

Com toda a certeza, o resultado disso é, muitas vezes, inevitável: mais visibilidade, lucratividade e mais pacientes. Com a MioCase, você poderá oferecer tratamentos mais completos e personalizados, um diferencial competitivo no mercado. Além disso, existe ainda o impacto de longo prazo: à medida em que os pacientes percebem a qualidade e a precisão dos atendimentos, aumenta a satisfação e as recomendações, em um processo contínuo de crescimento.

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Você conhece o que são e a importância dos exercícios para fortalecer o períneo? Acompanhe e descubra dicas sobre como fazer fisioterapia pélvica sozinha!

O assoalho pélvico funciona como uma rede de sustentação dos órgãos localizados na cavidade pélvica, como a bexiga, reto, próstata, útero e ovários. Desse modo, ele é formado por 13 músculos que ficam entre o osso púbis e o cóccix, responsáveis pela continência urinária e fecal, bem como pela qualidade nas relações sexuais. Por isso, a prática de exercícios para fortalecer o períneo e a musculatura da região é fundamental para a manutenção dessas funções.

Nesse sentido, uma das principais preocupações dos fisioterapeutas diz respeito a como ensinar e identificar o tipo de exercício que pode recomendar para o paciente realizar sozinho em casa ou mesmo em acompanhamentos à distância, como nos casos de teleatendimento.

Para ajudar em relação a essas dúvidas, selecionamos algumas das melhores práticas para ensinar o paciente a treinar a contração da musculatura do assoalho pélvico. Assim, pessoas que buscam tratamentos ou prevenção podem acessar diferentes exercícios para fortalecer o períneo e executá-los em casa, de maneira simples e eficaz.

Exercícios de Kegel

Os exercícios Kegel consistem, sobretudo, na contração e descontração das musculaturas do assoalho pélvico com o objetivo de restaurar o tônus muscular e a força do músculo. Dessa forma, o paciente consegue prevenir ou reduzir disfunções do assoalho pélvico, bem como melhorar a prática da atividade sexual.

Esses exercícios foram detalhados pela primeira vez pelo médico Arnold Kegel em 1948, um ginecologista que os inventou para corrigir a fraqueza vaginal sem cirurgia. Embora originalmente pensados para as mulheres, os exercícios de Kegel também podem ser praticados por homens, ajudando até mesmo a prevenir a disfunção erétil.

Exercícios para fortalecer o períneo: treine e fortaleça o assoalho pélvico em casa

Como fazer os exercícios de Kegel?

Os pacientes devem realizar os exercícios do método Kegel com a bexiga vazia, adotando uma posição confortável, sentada ou deitada, de acordo com o tipo de contratura necessário. Em princípio, devem realizar contrações por 5 segundos, mantendo os músculos contraídos e, em seguida, relaxando-os por 10 segundos, efetuando repetições dessa sequência.

Essas contrações podem ser lentas, rápidas ou avançadas. Para obter os efeitos desejados é preciso fazer 10 repetições dos movimentos, três vezes ao dia (manhã, tarde e noite). Veja, a seguir, como fazer os exercícios

Contrações lentas

Contrações rápidas

O profissional de fisio pélvica pode indicar para o paciente aplicar esse método no dia a dia todas as vezes em que a pessoa espirrar, tossir, pegar um peso na musculação ou agachar. Logo, isso ajuda a prevenir a incontinência urinária provocada por esforço.

Contrações avançadas

Para aumentar a dificuldade dos exercícios, a orientação é realizá-los na posição em pé.

Exercícios para fortalecer o períneo com Cone Vaginal

Cones vaginais são pequenas cápsulas de formato anatômico e com um determinado peso. Dessa forma, ao serem inseridos na vagina, produzem o estímulo necessário para que a mulher contraia corretamente a musculatura do assoalho pélvico.

Antes de mais nada, é importante definir o peso indicado a cada paciente. Em média, o cone ideal é aquele que, sob contração intensa, pode ser segurado de 2 a 8 segundos e com a vagina relaxada.

A intensidade dos exercícios varia de acordo com os objetivos da fisioterapia pélvica, lembrando que os exercícios com cone vaginal sempre objetivam o ganho de força e, portanto, deve ser utilizado nessa situação.

A prática dos exercícios para fortalecer o períneo com os Cones

A paciente introduz o cone na vagina, como um absorvente interno, e realiza exercícios de contração e relaxamento da musculatura pélvica, mantendo-o preso.

Dessa forma, poderá utilizar o dispositivo em casa, durante as atividades de rotina, como lavar louça, caminhar, subir escadas, trabalhar, entre outras. Todavia, caso perceba que o dispositivo está caindo, a pessoa deve realizar uma contração do assoalho pélvico a fim de sustentá-lo. Essa movimentação deve durar, no máximo, 20 minutos.

Por fim, com a evolução da prática dos exercícios para fortalecer o períneo, os cones podem substituídos por outros de maior peso para que a paciente exerça mais força e possa evitar que o dispositivo caia.

Exercícios com o acessório Bem-wá

De origem indiana, o Bem-wá, também conhecido como bolas tailandesas, é um dos acessórios mais indicados para as pessoas que já estão familiarizadas com o pompoarismo, já que, nesses casos, a musculatura se encontra previamente fortalecida e a pessoa adquiriu um maior conhecimento do próprio corpo.

Milenar, a arte do pompoarismo tem origem no tantrismo. O verbo pompoar significa "contrair" e a técnica consiste na contração voluntária dos músculos pélvicos. No Brasil, tal técnica ganhou mais evidência a partir da década de 70, mas ainda de forma muito restrita.

Conhecido por aumentar e melhorar o prazer sexual, o pompoarismo também permite exercitar os músculos do assoalho pélvico e obter outros benefícios, como:

Como fazer pompoarismo com o Bem-wá?

O Bem-wá é composto por bolinhas que medem aproximadamente 5 centímetros, normalmente feitas em silicone, interligadas por um cordão do mesmo material. Os exercícios devem ser realizados da seguinte maneira:

A paciente deve repetir essa sequência de exercícios por 10 vezes consecutivas e deve realizá-los tanto com as pernas afastadas quanto juntas. Ademais, ao longo do tempo, de acordo com o seu desempenho, deverá ampliar o tempo de contração.

Ginástica Hipopressiva (GAH)

A Ginástica Hipopressiva (GAH) foi criada na década de 1950 pelo pesquisador belga Marcel Caufriez, sendo uma técnica que combina exercícios da musculatura abdominal, da musculatura do assoalho pélvico e da musculatura peitoral. A técnica surgiu como uma alternativa para conseguir a tonificação dos músculos abdominais de mulheres no pós-parto.

Com o uso dela conseguimos reduzir a pressão intra-abdominal e fortalecer os músculos internos do abdômen ao mesmo tempo. O períneo também fica mais forte com a prática.

Exercícios para fortalecer o períneo: a Hipopressiva na prática

Os exercícios que envolvem a ginástica hipopressiva são realizados nas diferentes posições, como deitada, sentada e em pé, de acordo com a evolução da aprendizagem dos movimentos de respiração toráxica. Basicamente, eles são realizados da seguinte maneira:

Os indivíduos devem realizar esses movimentos sempre com cuidados em relação à postura, mantendo a coluna alinhada e utilizando as mãos (apoiadas nas pernas, na parede ou no chão) e os pés como apoios de força e impulsionamento nas contrações.

Exercícios com educadores vaginais

Tendo o conhecimento de como a musculatura pélvica se comporta durante uma contração, é possível que a paciente utilize instrumentos “educadores” que tragam essa informação da contração de forma que fique ao alcance dos olhos, de maneira simples.

Exemplo disso é a PelviFit Trainer, uma sonda vaginal desenvolvida com o objetivo de fornecer aos pacientes e fisioterapeutas uma maneira rápida e prática de observar as contrações da musculatura do assoalho pélvico. Isso porque o acessório se torna um educador vaginal, já que possibilita a execução de diversos exercícios, fazendo com que os pacientes ganhem consciência da contração correta da musculatura.

Com design anatômico e de fácil posicionamento no corpo, ela possibilita a realização de exercícios, proporcionando melhoras significativas por meio do tratamento das principais disfunções do assoalho pélvico.

Para efetuar os exercícios, a mulher (ou mesmo a fisioterapeuta) deve inserir o dispositivo na vagina, de forma que a antena fique visível para o paciente e/ou profissional. Dessa forma, quando a paciente realiza a contração de forma correta, a antena se movimenta para baixo. Contudo, quando realiza a contratura de maneira errada, o objeto se desloca para cima.

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Exercícios com sondas de pressão (Biofeedback Manométrico)

As sondas de Biofeedback Pressórico permitem acompanhar o exercício feito pela musculatura por meio de um manômetro. A utilização é simples: o sistema é constituído por sondas manométricas (vaginal ou anal), mangueira para condução de ar e manômetro analógico. Desse modo, basta realizar a introdução da sonda no paciente e utilizar o manômetro como Biofeedback da contração realizada. Assim, esse feedback pode ser dado tanto para o paciente como para o profissional de saúde, podendo ser utilizado em clínicas ou fornecido ao paciente para exercícios em casa.

Um bom exemplo disso é o dispositivo de Biofeedback manométrico PelviAir Unit, utilizado nos exercícios de fortalecimento ou relaxamento do assoalho pélvico, de acordo com a orientação do profissional. O profissional/paciente deve utilizar a sonda da seguinte forma:

Exercícios com sensores de eletromiografia (Biofeedback Eletromiográfico)

Sensores de eletromiografia de superfície captam a atividade elétrica dos músculos em microvolts. Assim, a técnica utiliza eletrodos ou sondas vaginais e anais que permitem monitorar de forma mais efetiva a atividade muscular do assoalho pélvico e identificar a capacidade máxima de contração. Além disso, monitora também o tempo de resposta do músculo e o tempo de contração.

Nesse sentido, um profissional poderá auxiliar o paciente a realizar exercícios de contração muscular que ajudarão a desenvolver maior controle da bexiga e a fortalecer os músculos do assoalho pélvico. Inegavelmente, entre as vantagens do Biofeedback Eletromiográfico está a capacidade de conseguir isolar os músculos adjacentes, ou seja, ele permite treinar apenas os músculos da região.

Portanto, a utilização de Biofeedback é bastante positiva na reeducação e tratamento das disfunções do assoalho pélvico. Veja aqui um vídeo da doutora Adriane Bertotto, fisioterapeuta pélvica, falando sobre a utilização das tecnologias de eletromiografia e Biofeedback.

Como fazer fisioterapia pélvica sozinha?

Relembre as principais possibilidades para você prevenir ou realizar tratamentos para o fortalecimento de seu assoalho pélvico em casa:

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Exercícios para fortalecer o períneo em homens

Similarmente, homens e mulheres apresentam os mesmos músculos no assoalho pélvico, portanto, também devem praticar os mesmos exercícios. Assim sendo, uma das formas mais simples é a prática dos exercícios Kegel para fortalecer os músculos da região. Nesse sentido, o método mais praticado pelos homens é o ato de iniciar e parar, com força, o fluxo de urina quando for urinar. Afinal, essa prática permite controlar os músculos do pênis de forma voluntária.

O urologista Dr. Andrew Siegel é o criador do método Private Gym, em que sugere a colocação de pequenos pesos ao redor da base do pênis que permitirão treinar a resistência e o controle dos músculos da região. Em resumo, quando o homem realiza exercícios para o fortalecimento desses músculos, pode alcançar melhoras no controle da incontinência urinária, da ejaculação precoce e da disfunção erétil.

Como vimos, portanto, os pacientes podem acessar diversos tipos de exercícios para fortalecer o períneo e o assoalho pélvico e realizá-los em casa. Para isso, o fisioterapeuta precisa ensinar o paciente a identificar os músculos envolvidos nos movimentos por meio de aparelhos de biofeedback domiciliar e eleger o tipo de terapia mais adequada a cada indivíduo.

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A fisioterapia pélvica é essencial para tratar as disfunções do assoalho pélvico causadas pelo enfraquecimento muscular devido ao envelhecimento natural, à gravidez, à diminuição dos hormônios, entre outros fatores. Nesse sentido, os cones vaginais se apresentam como uma excelente solução.

Afinal, os profissionais da Fisioterapia utilizam esses dispositivos para avaliar o desempenho e proporcionar resistência e retorno sensorial aos MAP (Músculos do Assoalho Pélvico), à medida que eles se contraem.

Neste artigo, vamos comentar sobre as funcionalidades dos cones vaginais e sua utilização, bem como o monitoramento da evolução da paciente com o biofeedback. Continue a leitura para saber mais!

O que são os cones vaginais?

Os cones vaginais, também identificados como “pesos vaginais” ou “cones para pompoarismo”, são pequenas cápsulas anatômicas com um formato cônico. Dessa forma, o aço inoxidável compõe suas estruturas junto a uma camada plástica que as revestem. Em essência, os cones ajudam as pacientes a exercitarem e a fortalecerem sua musculatura pélvica.

Normalmente, um kit possui cinco ou seis cones, em diferentes cores, que variam com o peso — entre 20 a 70 gramas ou 20 a 100 gramas. Além disso, eles têm um fio em seu ápice para facilitar a sua remoção.

Quais são as funções dos cones?

As principais funções dos cones são a de fortalecer o assoalho pélvico e melhorar a coordenação motora perineal. Desse modo, é o(a) fisioterapeuta pélvico quem avalia e indica os melhores exercícios, de acordo com as necessidades específicas dos pacientes.

Por certo, a manutenção de um assoalho pélvico forte e bem coordenado é fundamental para a saúde, a sexualidade e dignidade da mulher. Afinal, ela previne e trata a queda dos órgãos (prolapsos), a incontinência urinária e fecal, além de melhorar o desempenho sexual.

Quando utilizados corretamente, os cones promovem um fortalecimento crescente da MAP. Ademais, também melhoram a propriocepção local — sensibilidade vaginal, percepção da contração e relaxamento da musculatura.

Como usar o cone vaginal?

A princípio, a paciente coloca o cone na vagina, como um absorvente interno, e realiza exercícios de contração e relaxamento da musculatura pélvica. Ela pode, aliás, utilizá-lo em domicílio, durante as atividades rotineiras, como trabalhar, caminhar, subir escadas, lavar louças, entre outras ações.

Caso a pessoa perceba que dispositivo está caindo, ela deve realizar uma contração do assoalho pélvico para sustentá-lo. Em suma, toda essa movimentação deve durar, no máximo, 20 minutos.

Outra forma muito eficaz de utilização é a escolha de cones mais pesados, os quais fazem a paciente exercer maior força para não deixar o dispositivo cair.

Como é feita a indicação da utilização dos cones vaginais?

A indicação do tipo de cone vaginal depende da avaliação prévia de um fisioterapeuta. Normalmente, inicia-se com o mais leve e, de acordo com a facilidade do paciente, evoluindo para o mais pesado.

Em geral, a paciente não necessita chegar até o cone de 100 gramas, pois os profissionais costumam indicá-los quando há a procura pela melhoria do desempenho sexual.

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Como acompanhar a evolução do paciente com utilização de sonda para biofeedback?

Uma das maiores dificuldades no trabalho de fortalecimento da MAP é ajudar a paciente a perceber se o exercício está, de fato, contraindo a musculatura correta e com a força suficiente. A maneira mais eficiente para a percepção dessa contração é a utilização de biofeedback.

O treinamento é realizado com instrumentos que monitoram a contração muscular, por meio de sondas anatômicas, vaginais ou anais. Assim, o especialista podem acompanhar as contrações em uma tela de computador.

Com a utilização de sinais visuais (gráficos) ou sonoros (bipes), a paciente consegue perceber a resposta muscular durante cada contração, seja em sua amplitude, seja na duração. Após a aprendizagem de contrações com o biofeedback, a pessoa adquire maior controle sobre a musculatura pélvica, que facilita a manutenção da rotina diária e domiciliar desses exercícios.

Como vimos, os cones vaginais são fundamentais para a avaliação e o fortalecimento dos músculos pélvicos. Logo, o(a) fisioterapeuta pode complementar seu trabalho com a utilização do biofeedback para um eficiente monitoramento da evolução do paciente.

Cones vaginais: descubra para o que os fisioterapeutas podem utilizá-los nos tratamentos para ampliar a qualidade de vida de suas pacientes!

Benefícios gerais dos Cones Vaginais

Veja, em resumo, quais os principais benefícios adquiridos (para prevenção e tratamentos) por meio da utilização dos cones vaginais.

  1. Fortalecimento do assoalho pélvico (MAP: Músculos do Assoalho Pélvico);
  2. Melhora da coordenação motora perineal;
  3. Prevenção e tratamento da queda dos órgãos (prolapsos);
  4. Prevenção e tratamento da incontinência urinária (cones para incontinência urinária);
  5. Prevenção e tratamento da incontinência fecal;
  6. Melhora da sensibilidade e relaxamento vaginal;
  7. Melhora do desempenho sexual como um todo (cone de pompoarismo).

✓ Descubra também: As 7 principais bases de dados em saúde

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As informações foram úteis para você? Para saber mais sobre o assunto, leia também outro artigo que publicamos em nosso blog e conheça as novas sondas PelviLine para o tratamento do assoalho pélvico!

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O eletromiógrafo New Miotool ganhou destaque em uma cena da novela “Elas por Elas” (2023), exibida no horário das seis na TV Globo.

Na trama, a fisioterapeuta e neurocientista Carol (interpretada por Karine Teles) utiliza o equipamento da Miotec para realizar um exame de eletromiografia de superfície em um paciente.

Para a gravação da narrativa, a fisioterapeuta pélvica, professora e parceira da Miotec Ericka Kirsthine Valentin atuou como consultora para a TV Globo.

Além disso, a profissional ajudou a garantir a precisão técnica e científica do uso do equipamento, orientando a equipe de produção e os atores sobre a correta aplicação da tecnologia para a realização do exame de EMGs.

“Foi uma honra e uma responsabilidade com todos os profissionais que usam essa tecnologia e com vocês [Miotec] que trabalham arduamente para oferecer um equipamento de excelência!”, disse Ericka, em uma rede social.

Em suma, para a fisioterapeuta pélvica, foi uma “experiência incrível, e ver a expressão de admiração de toda a equipe de gravação.”

Miotec na TV Globo

Confira a cena a seguir:

Para a Miotec, contudo, ver uma de suas soluções em ação na tela da TV Globo é uma honra para toda a sua equipe e parceiros. Antes de mais nada, é uma conquista que nos enche de alegria e orgulho.

Essa visibilidade na mídia nacional comprova o reconhecimento da qualidade e excelência dos produtos da marca.

O que é eletromiografia de superfície?

A eletromiografia de superfície é um exame fundamental para avaliar a atividade elétrica dos músculos. Dessa forma, auxilia na detecção de disfunções musculares, monitoramento de reabilitações e otimização de desempenho atlético.

Nesse sentido, o New Miotool da Miotec, com sua precisão e facilidade de uso, proporciona dados detalhados e confiáveis àquele que o utiliza. Desse modo, permite ao fisioterapeuta pélvica, por exemplo, uma análise minuciosa do funcionamento muscular. 

Portanto, esse equipamento é especialmente útil na elaboração de tratamentos personalizados, melhorando a eficácia das intervenções terapêuticas e promovendo uma recuperação mais rápida e eficiente dos pacientes.

Quer saber mais sobre esse assunto? Veja esse artigo sobre como funciona a eletromiografia

Descubra também em nosso blog: Eletroterapia: conheça como funciona e sua aplicação para a fisioterapia.

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Não é de hoje que eletroterapia (também conhecida como eletrotermofototerapia) e fisioterapia caminham juntas. Afinal, há muito tempo, a estimulação elétrica é conhecida como uma aliada na luta contra a dor.

Desde o século 16, indivíduos se aproveitam de dispositivos elétricos diversos para aliviar dores. Além disso, há registros que associam o alívio da dor à proximidade com peixes elétricos que datam da época da Roma Antiga. Hoje, a eletroterapia é um método que diversos profissionais utilizam como parte integrante de tratamentos fisioterapêuticos e estéticos.

A seguir, portanto, apresentaremos, de forma um pouco mais aprofundada, a relação entre eletroterapia e fisioterapia, explicando como a estimulação elétrica funciona e como os especialistas a utilizam no tratamento fisioterapêutico de modo a promover maior qualidade de vida aos pacientes. Acompanhe!

O que é a eletroterapia e para que serve?

A eletroterapia é um ramo da fisioterapia que utiliza correntes elétricas de baixa voltagem para tratar lesões musculares, dores crônicas, inflamações e promover a reabilitação física dos pacientes. Nesse sentido, ela é utilizada para aliviar a dor, reduzir a inflamação, melhorar a circulação sanguínea e promover a recuperação muscular.

Como funciona a eletroterapia?

Basicamente, a eletroterapia faz uso de estímulos elétricos com dois objetivos: para interferir na transmissão dos sinais de dor para o cérebro, ou para estimular a contração muscular ao influenciar a atividade elétrica muscular. Para isso, ela estimula músculos e tecidos, fazendo com que eles produzam endorfina, um verdadeiro analgésico natural. Dessa forma, as endorfinas são interpretadas pelo cérebro no lugar dos sinais neurais de dor.

A aplicação de correntes elétricas alternadas nos músculos pode, ainda, provocar contrações para prevenir a atrofia muscular e auxiliar no início da recuperação da massa muscular após lesões.

No âmbito estético, os estímulos elétricos são usados para tratar a gordura localizada, promovendo a quebra de gordura, que é, então, eliminada pelo corpo.

Em suma, o aparelho utilizado e a intensidade da corrente determinam a técnica de eletroterapia aplicada em cada caso.

Logo, vamos considerar as modalidades de tratamento que podem usar eletroterapia e fisioterapia em conjunto.

Eletroterapia: imagem de um homem com a mão esquerda sobre seu ombro direito, local onde a dor física pulsa e o incomoda

Quais as modalidades de tratamento simultâneo de eletroterapia e fisioterapia?

Antes de tudom é perfeitamente possível aplicar a eletroterapia em conjunto com a fisioterapia para solucionar diferentes problemas. Afinal, a eletroterapia pode tratar problemas musculares e ósseos por meio de terapia manual, mobilização articular, fortalecimento e alongamento muscular, aplicação de calor ou frio. Veja abaixo, portanto, os principais tipos de eletroterapia.

A estimulação galvânica

Os profissionais podem realizar a massagem fisioterapêutica com a chamada EG (Estimulação Galvânica). A estimulação galvânica, combinada com a fisioterapia, é um tratamento que ajuda a evitar novas lesões. Dessa forma, correntes alternadas aplicadas nos músculos geram intensas contrações, ajudando na prevenção.

Durante a Segunda Grande Guerra, descobriu-se que esse procedimento era benéfico, evitando, assim, a atrofia dos músculos. Além disso, ele também ajuda a restaurar massa muscular ferida e/ou lesionada.

Por fim, a EG com voltagem elevada diminui espasmos dos músculos e edemas no tecido mole, o que ajuda a reduzir a intensidade da dor, que é uma das finalidades de qualquer massagem. Também se pode usar a EG com exercícios de amplitude de movimento e de reforço, bem como com a termoterapia e a crioterapia.

A termoterapia

A termoterapia é a abordagem terapêutica através da variação de temperatura nos tecidos-alvo. Sobretudo, é possível realizá-la através da aplicação de calor, ou da crioterapia (tratamento por meio de compressas de gelo).

Desse modo, o calor produzido pelo ultrassom (equipamento de eletroterapia do qual falaremos mais adiante) favorece o melhor deslizamento e contratilidade de contraturas dos tecidos conjuntivo e muscular, ampliando a mobilidade e o uso das articulações. Assim, esse tratamento consegue reduzir dores lombares frequentes e crônicas, além de diminuir a amplitude de movimento em um segmento da coluna. Por fim, torna-se mais eficiente quando o profissional a utiliza conjuntamente com uma série de exercícios graduais e com alongamentos musculares.

A corrente interferencial

Eletroterapia e fisioterapia se juntam, ainda, para tratar o foco da interferencial, que é ótima, é DOR, não estiramento muscular, com a ajuda da IFC (corrente interferencial), que oferece uma frequência de 4.000 Hz, o que permite uma penetração mais profunda na pele.

Dessa forma, o resultado é o bloqueio da transmissão dos sinais de dor próximo aos nervos ao mesmo tempo em que há o estímulo à produção de endorfina.

A estimulação elétrica funcional

A estimulação elétrica funcional (FES) é recomendada para treinar os músculos. Assim, ela contrai as fibras musculares por meio de seus estímulos. Nesse caso, a corrente elétrica aplicada é bem baixa.

A corrente russa

A corrente russa é usada também para ativar contrações musculares, fazendo uso de trens de corrente elétrica contínua. Trata-se, portanto, de uma corrente mais intensa que nem todos os pacientes suportam.

A corrente Aussie

A corrente australiana ou Aussie é usada para produzir relaxamento e fortalecimento nos músculos. Seus efeitos, afinal, são melhores que os de outras correntes, pois o estímulo resultante é mais confortável.

Os outros tipos de corrente

Existem também outros tipos de correntes incomuns: Farádica (estímulos elétricos de curta duração); Exponencial (atua somente em músculos com problemas) e Diadinâmica (corrente senoidal que estimula a vasodilatação e produz alívio da dor).

Por meio de um pequeno dispositivo, é possível gerar a Neuroestimulação Elétrica Transcutânea (TENS), da qual falaremos mais detalhadamente em um tópico posterior.

Eletroterapia: imagem de um homem com as mãos sobre sua lombar, local onde a dor física pulsa e o incomoda.

Quais são os principais equipamentos utilizados na eletroterapêutica?

Eletroterapia e fisioterapia, quando atuam em conjunto, fazem uso de determinados equipamentos. Veja os principais:

Ultrassom

Na fisioterapia, o profissional utiliza o ultrassom para produzir um movimento em ondas longitudinais na forma de vibração mecânica gerando calor, o que aumenta o metabolismo local, proporcionando um fluxo sanguíneo maior na região.

Com isso, a nutrição e a regeneração tecidual apresentam uma significativa melhora e acontece a liberação de aderências teciduais. Dessa forma, o ultrassom é indicado para tendinites, mialgias, contraturas e tensões musculares, bloqueios articulares e, ainda, para cicatrizes cirúrgicas.

As ondas são capazes de penetrar, mas a absorção vai depender da densidade e da constituição dos tecidos. Logo, regiões com muita queratina — como a planta dos pés, por exemplo — ou com muitos pelos podem dificultar essa absorção.

O ultrassom proporciona dois tipos de ondas terapêuticas:

  • contínuas — sem interrupções, normalmente são indicadas para lesões crônicas;
  • pulsáteis — com interrupções, são indicadas no tratamento de lesões agudas.

Em certos casos e áreas, o ultrassom não é recomendado. Confira alguns exemplos:

  • ouvidos e olhos;
  • testículos, ovários e útero gravídico;
  • neoplasias;
  • processos infecciosos;
  • tromboses e flebites;
  • áreas tratadas com radioterapia.

Ondas curtas

As ondas elétricas de alta frequência geram calor e, em dosagem terapêutica, aquecem os tecidos. Desse modo, aumentam o fluxo sanguíneo e propiciam a diminuição de dores e inflamações.

No caso de doenças crônicas, utiliza-se um aquecimento moderado. Já para processos mais agudos, um aquecimento mais brando pode ser utilizado.

Os efeitos das ondas curtas podem ser percebidos em alguns casos, como:

  • contusões, entorses e contraturas — efeito analgésico;
  • anquilose fibrosa, hipotrofia muscular e rigidez pós-gesso — proporciona maior irrigação sanguínea e possibilita um ganho na mobilidade articular;
  • artropatias inflamatórias degenerativas, como artrite, periartrite escapuloumeral, bursite, espondilite, epicondilite e espondiloartrose — com efeito em processos não agudos;
  • mialgias, lombalgias, miogelose, fibrose e torcicolo — diminui a rigidez da musculatura local.

Laser

Esse recurso fototerápico produz efeito analgésico e anti-inflamatório e, ainda, estimula as células e modula o tecido conjuntivo em processo de regeneração e cicatrização.

O laser é aplicado em alguns casos, como:

  • processos inflamatórios e degenerativos das lesões dos tecidos moles, como tendões, músculos e ligamentos;
  • edemas periarticulares;
  • lesões nervosas periféricas;
  • cicatrização de feridas abertas.

No entanto, o laser também tem suas contraindicações, pois pacientes com marcapasso ou prótese metálica não podem receber sua aplicação. Ademais, mulheres grávidas ou em casos de câncer e trombose venosa também não possuem indicação para tal.

Neuroestimulação Elétrica Transcutânea

A Neuroestimulação Elétrica Transcutânea (TENS, do inglês Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation) é usada para alívio da dor em processos crônicos ou agudos. No âmbito do tratamento fisioterapêutico, a TENS é uma das técnicas que os especialistas mais utilizam e, por isso, a detalharemos a seguir.

No que consiste a TENS?

A TENS é uma técnica eletroterapêutica comumente utilizada para minimizar dores relacionadas à artrite, a dores lombares e a nevralgias, entre outras.

Eletrodos na fisioterapia: para que servem?

A técnica faz uso de um pequeno dispositivo elétrico (em geral, movido à bateria), que controla a intensidade dos estímulos, enquanto pequenos eletrodos colados à pele na região em que ocorre a dor fazem com que a corrente chegue até os músculos.

Se a frequência dos impulsos elétricos for alta, o estímulo deve ser direcionado a fibras nervosas sem dor, para que elas bloqueiem os sinais nervosos de dor enviados ao cérebro. Nesse caso, a aplicação dos estímulos pode ser feita por longos períodos, porém, os resultados — o alívio da dor — têm duração curta.

Com frequências mais baixas, os impulsos elétricos estimulam a produção de endorfina, provocando o alívio da dor. Apesar de o resultado ser mais duradouro, essa aplicação de estímulos é mais desconfortável. Em geral, os pacientes não toleram mais do que 20 a 30 minutos de aplicação.

Quais são os cuidados necessários com o uso da TENS no tratamento?

Primeiramente, é importante lembrar que as técnicas de eletroterapia são parte de um tratamento fisioterapêutico e que o profissional necessita aliá-las a outros procedimentos para obter os melhores resultados.

Além disso, é importante observar as contraindicações para esse tratamento. Pacientes com marcapassos e com doenças cardíacas devem evitar a aplicação de TENS, por exemplo. Nesses casos, deve-se evitar o tratamento, especialmente, sobre a região do peito. Não se recomenda também o seu uso para gestantes e para as pessoas que têm doenças de pele.

Com atenção a essas questões, a pessoa responsável pelo tratamento pode ter certeza de que está utilizando um método eficaz.

Quais as vantagens da eletroterapia como complemento à fisioterapia?

Unir eletroterapia e fisioterapia pode promover resultados benéficos a diferentes tipos de tratamento. Trata-se de utilizar a eletricidade como parte de um programa fisioterapêutico ativo.

É possível integrar diferentes modalidades de tratamento, visando sempre à reabilitação do paciente. O corpo da pessoa reage, de alguma forma, aos estímulos das correntes elétricas.

A eletroterapia, salvo poucos casos, pode ser usada na maioria dos pacientes, pois não apresenta muitas contraindicações. Não provoca dependência, não é invasiva, pode ser aplicada diariamente, não tem efeitos colaterais e é bastante segura, se sob aplicação e orientação profissional adequada.

Aliás, seu uso é também possível para o tratamento de doenças neurológicas, ortopédicas, respiratórias e outras, em crianças e adultos.

Eletroterapia: para que serve?
Veja, a seguir, um resumo de seus benefícios para o paciente:

  • controle das dores;
  • redução de edemas;
  • redução de contrações musculares;
  • relaxamento dos músculos;
  • regeneração dos tecidos moles;
  • cicatrização dos ossos em fraturas;
  • otimização do desempenho dos músculos.

Compreenda como a eletroterapia permite uma melhor qualidade de vida

Enfim, a combinação entre eletroterapia e fisioterapia é uma possibilidade real e efetiva para diversos tratamentos, principalmente no alívio da dor, pois tem demonstrado resultados extremamente positivos. Portanto, unificar eletroterapia e fisioterapia melhora o trabalho do fisioterapeuta, oferecendo resultados eficazes em menos tempo, o que também garante a satisfação e aumenta a qualidade de vida do paciente.

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Vamos conhecer um pouco mais sobre as tecnologias na fisioterapia pélvica que mencionei no outro vídeo e quais as possibilidades que elas permitem?

Sabemos da importância que o desenvolvimento possuí.  Além do paciente o próprio profissional se beneficia com essas tenologias ao se especializar, potencializando seus resultados ao trabalhar com a reabilitação física.

Aproveitando a relevância do tema, iremos abordar as principais tendências das tecnologias na fisioterapia pélvica e o que elas permitem durante a avaliação ou tratamento, dentre elas estão:

 

Lembrando que essas técnologias permitem a otimização das técnicas tradicionais, agregando valor no seu atendimento. Você também pode adotá-las nos tratamentos e acompanhar seus diferenciais de forma a ter um consultório de sucesso!

Assista a este vídeo onde a Fisioterapeuta Adriane Bertotto comenta quais as principais tecnologias e para que elas servem.

Você tem interesse em saber mais sobre fisioterapia pélvica?

Uma área importantíssima para a humanidade, a saúde e seus métodos de trabalho estão sempre em constante mudança e desenvolvimento.
Dentro dela, a fisioterapia é uma das ciências que mais se beneficiam com o lançamento de novas tecnologias para o cuidado de pacientes.
Para os profissionais que atuam nessa especialidade, qualquer técnica que possa potencializar os resultados da reabilitação física é importante e bem-vinda. Logo, abre-se espaço para diferentes práticas e possibilidades.

A tecnologia permite melhorar a avaliação tornando-a mais produtiva, pois além do toque é possível obter melhores informações com tecnologias como o EMG, a dinamometria, a ultrassonografia.

 

O que a tecnologia vai trazer para o fisioterapeuta pélvico?

Hoje com a demanda de trabalho somada as questões financeiras dos pacientes, a tecnologia vai permitir um melhora na prescrição do tratamento fazendo com se otimize o tempo de tratamento gerando um prognóstico mais adequado pra ele, dessa forma é possível transmitir para o paciente a importância do tratamento. As tecnologias permitem também enviar laudos mais fidedignos para os parceiros, como os médicos por exemplo, para ter o acompanhamento exato do tratamento  permitindo um melhor trabalho interdisciplinar.

Assista a este vídeo onde a Fisioterapeuta Adriane Bertotto fala sobre a tecnologia e seus benefícios para o profissional e ao paciente.

 

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